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Mudaram as regras, ou o poder de polícia está no fim?

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Num sequestro, num processo de crime por chantagem ou em qualquer situação criminosa onde existe um refém, a primeira recomendação da polícia é: "Não negocie com bandidos porque isso dificulta o trabalho."

Hoje, o que somos obrigados a noticiar após as decisões das autoridades de quarta-feira (18) é justamente o contrário: a própria polícia negociando com bandidos.

É a falência do poder público, a falência da autoridade, é o início de um momento ruim para a história do Brasil: o povo, alarmado, se conscientiza que estamos chegando ao "olho por olho, dente por dente", ou quem sabe, à "justiça com as próprias mãos".

Esperava-se que a Copa do Mundo e a Olimpíada iriam iluminar o país para o mundo, mas a imagem que ultrapassa fronteiras é a de uma mancha de sangue. Nos próprios eventos houve corrupção e a destruição das instituições, com uma presidente sendo vaiada em plena Copa e sendo destituída na Olimpíada. 

O que restou, o que foi cartão-postal do Brasil - o Maracanã - foi destruído, roubado, esfoliado, devolvido pelos organizadores da Olimpíada com a grama do seu campo de futebol - o coração do estádio - destruída.

O mundo viu um dia. Os outros 364 são o retrato da destruição da imagem do Brasil.

Esses foram os legados dos que diziam que estavam trazendo a alegria para o povo. Esses mesmo, hoje, temem por suas vidas em suas novas casas, de onde nunca deveriam ter saído: a cadeia.