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Cabo Anselmo, o gangster e o insider

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Como o Ministério Público aceita um depoimento de um delinquente como o CIA UDIO Melo Filho, que elogia o senador Romero Jucá por facilitar o roubo? Como aceita a denúncia de um senhor que afirma que deu R$ 10 milhões em dinheiro vivo? 

Este volume de dinheiro pesa, no mínimo, 100 quilos. Tem que ser transportado de carro e com a ajuda de pelo menos dois homens para conduzi-lo.

E de qual banco este dinheiro foi sacado? Para se sacar R$ 50 mil, é preciso pedir ao gerente do banco com 72 horas de antecedência. R$ 10 milhões, nem com um mês de antecedência é possível sacar. Mas, de acordo com a delação, o dinheiro era disponibilizado de acordo com a urgência do pedido do corrupto.

Se o dinheiro não foi sacado de um banco, estava num cofre? Este dinheiro tinha que estar então declarado em algum Imposto de Renda.

Se o delator não dá detalhes de como essa complexa operação foi feita, sua veracidade fica comprometida. Se a denúncia não estiver formalizada com matérias que a comprovem, quando for julgada no Supremo Tribunal Federal, será arquivada.

Na verdade, estaríamos assistindo a um novo "Cabo Anselmo", traindo para fazer uma nova revolução. A serviço de quem? Se isso não estiver documentado formalmente, a ansiedade e a histeria do povo com uma decisão contrária da Justiça - porque a Justiça tem que cumprir a lei, e cabe à autoridade indeferir a decisão - pode fazer com que o povo se inflame contra a Justiça.

Este "Cabo Anselmo" CIA UDIO Melo Filho quer o quê? Está a serviço de quem?