A falta que faz um Adauto Lúcio Cardoso, um Pedro Simon, um Aurélio Viana, um Aliomar Baleeiro, um Raul Pilla, e quem sabe um Rui Barbosa...
Assistir a esta desfiguração do Senado, um dos três poderes do país, assistir a ele ser submetido à desconfiança do poder judiciário, que o transforma em descrença para todo o povo brasileiro, pode ser o início do fim de um poder.
A prisão do senhor Eduardo Cunha repercute nos órgãos de imprensa, como se fosse uma surpresa geral, por ele ter sido o que foi, e não um estadista.
Em que país estamos vivendo? Não se pode transformar delinquentes isolados em responsáveis pela delinquência do poder que representam.
O país não pede o resultado desses indiciamentos nem desses mecanismos que estão sendo usados claramente contra os princípios de uma democracia que respeita a Constituição.
O judiciário é mais importante porque é a estrada que dá direito ao ir e vir. Esse direito só deixa de existir quando pela delinquência comprovada do cidadão. Isso na cidadania. Imagine isso num poder.
O que se espera é que esse poder fale, não espere ser julgado. Antecipe com toda a dignidade se deve ou se pode ser julgado por outro poder. Se deve ou se pode, é porque não tem mais competência para ter poder.