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O mundo só voltará a ter paz quando elite mudar seus valores

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Colunista dos melhores do Brasil comenta, em jornal de grande circulação, que o Rio de Janeiro é uma festa, e que sempre foi uma festa. Comenta que não há insegurança que abale o Rio, e que a felicidade do povo e a beleza natural superam qualquer observação carregada de pessimismo e de inveja.

Tem razão o grande articulista. 

A liberdade, igualdade e fraternidade da França está apenas em sua bandeira. Em um ano, vários atentados. Bairros incendeiam porque os negros não aceitam continuar oprimidos. Junto com outros países europeus, a França afunda os que buscam a liberdade e o direito à vida.

A França da mulher bonita assiste, nos últimos anos, a tantas mulheres assassinadas pela revolta do ódio, revolta da perseguição, da fome, e supostamente por uma religião.

A insegurança aqui, na França, no mundo, só tem um nome: a fome, a falta de trabalho, a discriminação de etnia, de "religião". E o mundo imagina que é no Rio de Janeiro que reside a insegurança.

A preocupação do Comitê Olímpico Internacional com o Brasil não pode ser maior do que se as Olimpíadas estivessem sendo sediadas em qualquer outro país, onde os órgãos de segurança se dizem os melhores de  mundo. Têm os melhores aviões, os melhores centros de espionagem, mas quase todo mês há um jovem matando dezenas de inocentes.

Não vamos considerar o 11 de Setembro. Ali havia um líder, que organizava as ações no mundo e pôde ser morto com a facilidade de um drone. Hoje, na França, são mais de 6,5 milhões de muçulmanos islamistas. Se apenas 1% for terrorista, em razão do ódio que esses islamistas sentem ao verem seus irmãos morrerem de fome, são 65 mil terroristas. Se apenas 1% destes 65 mil são terroristas, são 650. Só que hoje estes 650 estão espalhados por toda a França. Admitindo que se todos os 650, que estão isolados, forem terroristas - como este motorista do caminhão - que tipo de serviço de inteligência pode garantir a segurança em qualquer país?

Hoje, não existe nenhum serviço de inteligência que possa ser capaz e ter a certeza do controle sobre terroristas que agem de forma pulverizada, que não estão concentrados num núcleo, e sob as ordem de um único líder. Eles agem com individualismo e ódio.

Não existe mais segurança no mundo. E o caminho para o resgate desta segurança só poderá ser retomado no momento em que a elite política do mundo se conscientizar da necessidade da mudança dos valores. Enquanto o mundo permitir que o capitalismo selvagem continue a dar as cartas e a comandar as relações internacionais, oprimindo os países com poucas opções de recursos e favorecendo os interesses insaciáveis de uma minoria, haverá sempre a desigualdade, a fome, o ódio e o ressentimento que, mais cedo ou mais tarde, de de forma incontrolável, explodirá matando mais inocentes.