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Tiro em manifestante sem-teto é o sinal de alerta para um país à beira do conflito

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O tiro que atingiu, nesta quarta-feira (4), a sem-teto Edilma Aparecida Vieira dos Santos, de 36 anos, durante manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em São Paulo, acende o sinal de alerta num país que vive um estado agudo de polarização. 

A crise econômica que colocou nas ruas 10 milhões de desempregados, o desamparo dos que não têm horizontes, a total falta de perspectivas de uma imensa massa de desfavorecidos, aliada à sucessão de escândalos de corrupção, à deterioração da credibilidade da classe política e ao clima de desesperança são como combustível num país que mais parece um barril de pólvora.

Edilma foi baleada na barriga por um homem que se aproximou num carro preto, e disparou contra a massa de 500 pessoas que faziam o protesto. Foi encaminhada para hospital onde passou por cirurgia.

Embalado pelo clima de guerra na batalha do impeachment, pela luta por garantias trabalhistas e sociais num provável novo governo que vem se desenhando em meio a barganhas, e pela profunda crise econômica, o país se vê diante de um verdadeiro campo de batalha. 

Que o sinal de alerta chegue a tempo para impedir mais sangue derramado.