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A crise chegou nos Estados Unidos

Alguma coisa na área do mercado financeiro no mundo vai ser alterada.

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O Banco Central americano alarmou o mundo, na quarta-feira (10), sobre possível crise global.

Em recente palestra na London School of Economics and Political Science, o gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS), Jaime Caruana, alertou o mundo para a crise no sistema financeiro europeu. 

Por sua vez o governo alemão, depois das especulações que fizeram com que ações do Deutsche Bank caíssem mais de 15%, fez declaração de solidariedade ao banco. 

Se houve solidariedade ao banco, é porque perigo o banco corria. Até porque, o volume de ações por inadimplência que clientes compradores de um de seus derivativos estão processando demonstra claramente que onde há fumaça, há fogo.

Na bolha americana que afetou o mercado financeiro, os mais prejudicados foram os construtores do mercado imobiliário. O candidato mais forte a ganhar as prévias no reacionário partido republicano é empresário do ramo de construção que, há 10 anos, teve maus momentos em função da crise. O que significa que ele não deve ser amante do mercado financeiro.

O candidato surpresa é o que dizem ser "socialista". Só este apelido mostra que é inimigo de Wall Street. A palavra socialista, de cunho político, até pouco tempo nem deveria existir nos dicionários dos Estados Unidos.

Responsabilizar a desvalorização da moeda da China por esta crise que o mercado financeiro estampa não deve ser legítimo. É na verdade uma reação clara de que alguma coisa na área do mercado financeiro no mundo vai ser alterada.