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O cenário político em Portugal e a 'fuga' de brasileiros

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A vitória da coligação centro-direita em Portugal, com 36,8% dos votos (99 cadeiras no Parlamento), traz à tona um quadro político que merece reflexão, principalmente quando se traça um paralelo com o atual cenário da política brasileira.

O Partido Socialista somou 32,4% e assumirá 85 assentos, enquanto que o Bloco de Esquerda, com 10,22%, contará com 19 deputados. A Coligação Democrática Unitária (constituída pelo Partido Comunista Português e o Partido Ecologista os Verdes) e o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) alcançaram, respectivamente, 17 deputados e um deputado. A coligação centro-direita venceu as eleições, mas não conseguiu alcançar a maioria dos assentos no Parlamento. 

Isto significa que o país está dividido, com a esquerda portuguesa - que é muito mais radical que a esquerda brasileira - mostrando a sua força.

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff tem 10% de aprovação, de acordo com as últimas pesquisas. Outros 21% dos entrevistados consideram o seu governo regular, o que soma 31% - bem perto dos 32,4% de votos que o Partido Socialista obteve. 

Com todo este cenário, fica uma pergunta no ar: o que foram fazer em Portugal os brasileiros de classe alta que deixaram o país por causa da crise política e econômica? Eles estavam fugindo das consequências do desemprego? Do aumento de impostos? Ou será que estão fugindo de suas responsabilidades jurídicas no Brasil?

E Portugal, por que aceita esses brasileiros agora, se no passado expulsava até os brasileiros qualificados, como os médicos? Aceita porque agora precisa do dinheiro deles?