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A crise que dilapida o orçamento, a saúde, a segurança e a moral de um país

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Os mortos de "segunda classe" são sempre os dos andares de baixo. Bala perdida, facada, todo o tipo de crime quando se instala a falta de segurança num estado. 

Os espaços nos jornais são menores. Afinal é uma vítima de "segunda classe". 

Hoje temos um sanguinário assalto com morte e não há dúvida de que vai merecer espaços maiores, com mais declarações dos responsáveis pela segurança pública, com mais ações policiais. Afinal de contas, é uma vítima da "primeira classe". 

Já se vão 13 anos, e a segurança é a mesma. Só muda a quantidade de vítimas. O estado absolutamente prejudicado pela situação econômica, a massa em desemprego, as reivindicações sociais de todo o tipo, as greves dos professores, dos previdenciários, dos lixeiros, dos funcionários públicos, a saúde mergulhada no caos, o ensino em agonia.

Está se instalado a cada dia que passa um estado de desorganização moral, social e econômica, com mais espaços ou não para vítimas de "primeira" ou "segunda classe". O perigo reside no momento da explosão social.

Os eventos de grandeza mundial que foram e serão sediados no Brasil e no Rio de Janeiro - Copa do Mundo e Olimpíada - fizeram com que o Estado gastasse R$ 63,1 bilhões (R$ 25,5 bilhões com a Copa e R$ 37,6 bilhões, estimados com a Olimpíada). E é triste ver o Congresso sem saber o que fazer com o orçamento negativo da presidente Dilma Rousseff. Se olharmos para estes gastos, vamos ver que não haveria orçamento negativo se todo este dinheiro fosse investido na segurança, na saúde e na educação. 

O que faltou para fechar o orçamento foi talvez o dinheiro que saiu do bolso do povo de todo o Brasil para que estes dois eventos fossem realizados.