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Rebaixamento da Petrobras é tentativa de espoliação do patrimônio

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O rebaixamento do rating em moeda estrangeira da Petrobras, pela agência de classificação de risco Moody's, é mais uma tentativa de espoliação do patrimônio público, que poderá servir, também, para a campanha eleitoral. Com certeza, esse rebaixamento da Moody's servirá para exploração política, mas a verdade mesmo é que servirá para que o patrimônio brasileiro seja aviltado e que homens como o megainvestidor George Soros, conhecido pela especulação de moedas em países pobres, realizem lucros fantásticos.

O rebaixamento tem o claro objetivo de atingir os valores da Bolsa, para que atinjam níveis tão baixos que qualquer grande grupo aufira lucros imediatos, jamais obtidos em outra parte do mundo. O governo brasileiro tem a obrigação de entrar no mercado, tomando de uma vez só, em estratégia de compra, o que estiver sendo oferecido. 

>> Moody's corta nota de crédito da Petrobras

Segundo a agência, o rebaixamento reflete a alta alavancagem financeira da Petrobras e a visão de que ela vai diminuir significativamente apenas depois de 2016, tendo em vista as pressões negativas sobre os preços do petróleo e sobre a moeda local, bem como os altos compromissos de investimentos.

"Embora a Petrobras tenha sido relativamente bem-sucedida na execução de seu ambicioso programa de capital e tenha atingido metas de produção agressivas, a alavancagem continua crescendo em 2014, tendo em vista principalmente sua incapacidade de repassar os custos relacionados aos derivados de petróleo importados, à desvalorização da moeda local e ao agressivo programa de investimentos", afirmou Nymia Almeida, vice-presidente de crédito da Moody’s.

Os ratings da Petrobras poderão ser rebaixados se a alavancagem financeira aumentar e for sustentada por uma proporção entre dívida e Ebitda acima de cinco vezes ou se o crescimento da produção cair abaixo das metas, segundo a Moody's. Um rebaixamento do rating soberano do Brasil também pode pressionar a classificação da empresa.

A agência afirmou que não vê uma elevação dos ratings da Petrobras no curto a médio prazo. "No longo prazo, porém, poderá haver uma elevação se houver redução da alavancagem e um aumento na produção lucrativa e nas reservas, em conjunção com um rating soberano mais alto".