Considerada pela Revista Fortune a quarta mais importante executiva no mundo empresarial, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, tem sido submetida ao achincalhe por alguns membros da CPI do Congresso e, agora, por alguns membros do Tribunal de Contas da União, que põem em dúvida um patrimônio de aproximadamente 2 milhões de reais.
Exemplo de vida, ela estudou com dificuldades até formar-se em engenharia química, pela Universidade Federal Fluminense, em 1978, com mestrado em engenharia de fluidos, e pós-graduação em engenharia nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entrou para a Petrobras aos 24 anos, como estagiária, e galgou na empresa todos os postos dos mais importantes, até ser nomeada, em 2012, sua presidente, sempre conduzida por sua reconhecida competência, sem influência política. Reconhecida internacionalmente entre as mais poderosas mulheres do mundo, chega a ser ridícula a suspeição do TCU.
O Jornal do Brasil, nisso interpretando a opinião majoritária de seus leitores, espera que a CPI vá fundo na busca da verdade, e puna os responsáveis, se responsáveis houver – mas de forma séria e honrada. CPI, sim; linchamento, não.
O Brasil ou o mundo conhecem algum funcionário público, ou funcionário de empresa privada, que presida, ou que tenha presidido empresa com o tamanho da Petrobras, que possa ter a mesma dignidade que a presidente Graça Foster? Além de sua reconhecida competência técnica, com suas modestas condições de patrimônio, que conseguiu conquistar com a dignidade do seu trabalho e com a honradez de seu comportamento.
O Brasil, um dia vai se orgulhar de poder ter em seus quadros de governantes homens ou mulheres que nem Graça Foster.
CPI, sim; linchamento, não.