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Fifa quebra a coluna do Brasil, e não leva nem cartão amarelo

Entidade não pune Zuñiga, que tirou Neymar da Copa

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A decisão da Fifa de não punir o zagueiro colombiano Juan Zuñiga é o mais recente capítulo de um enredo tão violento quanto suspeito nesta Copa do Mundo. Zuñiga, que já havia cometido uma falta criminosa em Hulk, atingindo seu joelho, fraturou uma vértebra de Neymar tirando o craque da Copa, e sequer levou um cartão amarelo.

A mesma Fifa baniu o uruguaio Luis Suárez por uma mordida no ombro do italiano Chiellini, mas lava as mãos quanto à joelhada que poderia ter acabado com a carreira do camisa 10 do Brasil. E esta mesma Fifa escolheu o árbitro mexicano Marco Rodríguez - que não viu a mordida de Suaréz no jogo entre Uruguai e Itália - para apitar a semifinal entre Brasil e Alemanha, nesta terça-feira. As provocações da Fifa expõem Joseph Blatter e Jeróme Valcke à ira de um torcedor brasileiro mais destemperado.

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Como se não bastasse, a saída prematura de Neymar da Copa fez a rival Argentina desbancar o Brasil como seleção favorita para ganhar o mundial, segundo as casas de apostas britânicas. 

>> Ausência de Neymar retira favoritismo de Brasil nas casas de apostas

Rumores já dão conta de que boa parte dos ingressos para a final, no Maracanã, está nas mãos do argentinos. Será que a Fifa está facilitando a invasão dos hermanos? Não seria surpresa: no escândalo da máfia dos ingressos que veio à tona, até o filho do vice-presidente da Fifa, Humberto Mario Gondrona - que aliás é argentino - admitiu que vendeu irregularmente seu ingresso a um amigo.

Aliás, a palavra "máfia" circula com mais naturalidade do que deveria nos meios futebolísticos. O jogador colombiano Juan Zuñiga pertence ao Napoli, da Itália. Vale destacar que foi em Nápoles que surgiu a Camorra - máfia ligada à agiotagem, ao contrabando e ao tráfico de drogas. 

O árbitro espanhol Carlos Velasco Carballo, que apitou a partida entre Brasil e Colômbia, permitiu que a violência tomasse conta do jogo ao não reprimi-la com cartões. Mas da Fifa Carballo só mereceu elogios. O caso de Zuñiga não deve mais ser julgado em instâncias esportivas, e sim em criminais. A joelhada do colombiano mirou a coluna de Neymar mas atingiu toda uma nação.

A CBF se omitiu e agiu errado ao tratar lesão de Neymar como um acidente esportivo. É um caso muito mais grave, e que merecia tratamento muito mais sério do que está tendo. Aliás, a CBF já tinha se omitido anteriormente, quando o técnico holandês Louis Van Gaal afirmara que o Brasil estava sendo beneficiado nos jogos. Deveria cobrar que ele fosse interrogado e que apresentasse provas, já que estava fazendo uma denúncia tão grave.

A agressão a Neymar foi um desrespeito a um brasileiro em terras brasileiras. Como também foi um desrespeito os xingamentos à Presidenta Dilma na abertura da Copa. Quem sabe, a agressão do colombiano não foi um reflexo da falta de civilidade e de respeito ao seu próprio país que a elite brasileira demonstrou ter, sob os olhos de 1,5 bilhão de pessoas no mundo todo.

Ao não punir o jogador e o juiz, a Fifa faz mais um ataque ao Brasil na Copa. Ataques que tiveram início meses atrás, durante as inspeções das obras, e que prosseguem sistematicamente, sem que haja qualquer reação à altura.

Assim como Zuñiga, a Fifa quebra a coluna do Brasil, e não leva nem cartão amarelo.