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A volta dos corvos

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Analistas políticos andam preocupados com as seguidas matérias publicadas na revista britânica The Economist nestes últimos oito meses, enfocando fundamentalmente os problemas na sucessão presidencial brasileira. Isso faz lembrar aos velhos analistas os antigos embates dos institutos que serviam ao governo americano para alarmar o noticiário nos jornais brasileiros tidos como de direita e em algumas publicações americanas, nos meses que antecederam a queda de João Goulart.

O tipo de incitação era feito por esses grupos para sensibilizar a quem podia ser sensibilizado: as Forças Armadas com o tema comunismo. Hoje, seguidas matérias são publicadas contra o Brasil por essa revista. Veja abaixo:

>> The Economist: a frágil liderança de Dilma

>> The Economist afirma que brasileiro é improdutivo

>> The Economist volta a criticar economia brasileira

>> The Economist: o mau humor dos investidores brasileiros

>> The Economist' diz que Brasil agiu tarde para controlar inflação

>> 'The Economist' ataca política brasileira

>> The Economist: Brasil precisa de reformas estruturais 

>> 'Economist': Dilma tenta drenar 'pântano político' de Brasília

Os analistas acreditam que toda essa enxurrada de matérias publicadas na The Economist é para animar os grandes grupos a financiar os candidatos tidos como complacentes ao sistema financeiro. Os marqueteiros devem perceber que isso pode servir como ponta de lança em defesa dos candidatos que estão preocupados com a crise social que o Brasil continua vivendo, mas que nos últimos 12 anos os governos Lula e Dilma conseguiram reverter, melhorando a distribuição de renda.

Enquanto os governos petistas começaram a aproximar o pobre do mercado de trabalho, esse outro tipo de incitação só afasta o trabalhador do mercado onde há o interesse deles, que é o mercado financeiro. Essa postura só contribui para que, cada vez mais, os homens desse mercado se assenhorem do poder, de onde ficaram afastados neste últimos anos pelos governos Lula e Dilma.

A revista The Economist faz lembrar as publicações do passado cujo interesse era somente o mercado financeiro - só ligavam o Brasil ao risco do comunismo, para que os militares tomassem conta do poder, como efetivamente tomaram. 

Só que, agora, a situação é bem diferente. Essas matérias 'plantadas' não vão ter bom resultado, porque, primeiro, pode dividir o Brasil entre dois grupos: pobres e ricos; segundo, porque a grande maioria do povo brasileiro não se preocupa mais com esse tal de mercado financeiro. A maioria do povo se preocupa hoje é com a pobreza, que faz parte da crise social e que esses dois governos amenizaram bastante.

O que o Brasil torce é para que, qualquer que seja o candidato, trate o mercado financeiro como deve ser tratado.