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Blatter e sua inteligência nanica

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O Presidente da Fifa, Joseph Blatter, ao anunciar que estavam suspensos os discursos na abertura da Copa do Mundo no Brasil - evento que terá mais de 1 bilhão de espectadores no mundo inteiro e que nunca deixou de ter discursos em solenidades deste porte, afinal, o evento é do mundo - cometeu um ato de censura ou uma incitação.

Negar que haja palavras de um chefe de Estado, de um Presidente da República, principalmente quando se trata de um país democrata que permite que um elemento igual a esse tal de Blatter possa fazer o que vem fazendo - não só com as autoridades mas principalmente com o povo, esse sim soberano - é sim uma censura ou uma incitação. A própria autoridade deveria refletir sobre isso e desautorizar Blatter.

Numa solenidade de estudantes, há 60 anos, no estado de São Paulo, um governador conhecido por suas peripécias ilegais - parecido com o que acontece com a Fifa na gestão desses senhores - havia incitado uma vaia ao Presidente Juscelino Kubitschek, assim como fez Blatter ao anunciar que não vai ter discurso porque poderia ser vaiado (como se nos telões não fosse aparecer a imagem da Excelentíssima Senhora Presidenta da República, lamentavelmente na companhia desse Blatter, que merece todas as vaias). 

O saudoso Presidente JK, ao entrar no recinto, recebeu uma magnífica vaia dos estudantes. Sereno, estadista e politico, ele esperou o fim da vaia e disse aos estudantes: "Feliz do país em que o Presidente da República pode ser vaiado por seu povo sem que nenhuma medida de exceção seja tomada." 

blatter (com letra minúscula mesmo), aprenda uma lição de 60 anos atrás: a truculência só serve aos homens que praticam o ilícito.