ASSINE
search button

Somos todos iguais

Compartilhar

A França, país do mundo que precipita os acontecimentos no campo econômico e fundamentalmente social; a França dos miseráveis, da resistência, de De Gaulle, conhecida como berço da democracia, traz na sua bandeira - seu símbolo maior - os princípios da liberdade, igualdade e fraternidade.

Nesta mesma França, o presidente, François Hollande, - um homem sério e correto -, perdeu o casamento para que sua mulher fosse candidata do Partido Socialista contra Nicolas Sarkozy, e acabasse fragorosamente derrotada.

Candidato nas últimas eleições, Hollande teve magnífica vitória sobre o mesmo Sarkozy. A campanha, mesmo em alto nível, teve denúncias feitas contra Sarkozy no caso L'Oréal e no próprio relacionamento com a mulher, que "escandalizaram" os franceses.

Hoje, na França, Sarkozy não tem 25% de opinião pública favorável. Isso não significa que o povo francês sinta qualquer tipo de saudade de Sarkozy.

Lá na França, berço da democracia e da fraternidade, política é política; ideologia é ideologia.

Necessariamente, não é um ato de fraternidade, ou igualdade ou liberalidade que trará um inimigo - que o povo sabe ser seu inimigo - ao mesmo convívio social.

O político francês dá o tom da direção. O povo francês, educado e politizado, sabe seguir. Em política, o francês sabe quem é quem.

Sarkozy, convidado por Hollande a viajar em seu avião para assistir ao funeral de Nelson Mandela, peremptoriamente se recusou. Foi com os de seu grupo.

Em política, na França, todos não são iguais.