A informação de que Fernando Henrique Cardoso, dois de seus ex-ministros e mais seis sócios criaram uma empresa destinada a investir num grande empreendimento imobiliário divulgado pelo Painel da Folha de S. Paulo e também pelo Jornal do Brasil serviu de pauta e inspiração para outros veículos de comunicação.
Neste domingo (9), o articulista e escritor Elio Gaspari, no O Globo compartilha da mesma opinião do 'JB' e dá aval à política econômica da presidente Dilma Rousseff.
Conforme o 'JB' já havia explicitado, a atitude de FHC deixa claro que ele está seguindo na contramão do candidato tucano à presidência, no ano que vem, Aécio Neves. Aécio vem bombardeando, há tempos, a política econômica do governo.
Fernando Henrique, até recentemente, aplicava seus recursos no mercado financeiro. Com os baixos rendimentos que vinha recebendo, em aplicações onde o capital rende sem o esforço do trabalho, FH preferiu botar a mão na massa para ter um “ganho maior”. O ex-presidente abandona de vez o mercado especulativo que em sua época chegou ater juros de mais de 250% ao ano.
Capital de quase R$ 2 milhões
A empresa do ex-presidente com seus dois ex-ministros, chama-se Sarlat, em referência a uma cidade medieval francesa, e nesse único investimento, conforme ele declarou à Coluna Painel do jornal Folha de São Paulo, terá capital inicial de R$ 1,9 milhão. Com esses poucos recursos, equivalente ao preço de um apartamento de três quartos num bairro de classe média de São Paulo, a empresa do ex-presidente só poderá aplicar em casas populares. FH afirmou também que desembolsou cerca de R$ 220 mil e justificou seu novo empreedimento dizendo que "É difícil encontrar investimento em renda fixa atualmente que dê alguma coisa”.