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Sem russos, Jogos serão 'menos espetaculares', diz Putin

Presidente da Rússia se encontrou com delegação que vem ao Rio

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A Rússia vai a Justiça para defender seus atletas "limpos" que sofreram "evidente discriminação" ao serem excluídos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, disse hoje, dia 27, o presidente russo, Vladimir Putin, em encontro com esportistas de seu país que receberam permissão do Comitê Olímpico Internacional (COI) para participar do evento.   

"Não podemos aceitar a desclassificação de nossos atletas com uma história de doping absolutamente limpa. Não está de acordo com os princípios olímpicos, mas lutaremos pela verdade", destacou.   

Em cerimônia realizada no Kremlin, sede do governo russo, Putin disse que "os outros esportistas entendem que a qualidade de suas medalhas será diferente", acrescentando que essa edição dos Jogos será "menos espetacular".    

O chefe de Estado ainda denunciou uma "campanha contra atletas russos" que usou "dois pesos e duas medidas", uma vez que esportistas de outros países também sofreram denúncias.    

A Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) confirmou que os atletas russos não participarão das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, devido ao escândalo de doping envolvendo o país. A Agência Mundial Antidoping (Wada) acusa a Federação de Atletismo da Rússia (Araf) de ter criado, com apoio estatal, uma rede de fornecimento de substâncias ilícitas para atletas e de fraudes em exames. Os relatórios da Wada apontam que até o presidente sabia das irregularidades. Dos 387 atletas que participariam dos Jogos, 90 foram suspensos, entre eles a estrela do atletismo Yelena Isinbayeva, que chorou no evento. "Mostre a eles o que vocês são capazes de fazer. Por vocês e por nós também", disse.    

Ela é dona de três medalhas olímpicas no salto com vara, sendo duas de ouro (2004 e 2008) e uma de bronze (2012).