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'WSJ': Brasil luta contra nova epidemia antes das Olimpíadas

Matéria fala sobre surto de momo, uma doença respiratória equina mortal

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O jornal norte-americano The Wall Street Journal traz nesta terça-feira (26) uma matéria onde fala sobre uma doença que representa um grave risco grave para a saúde de alguns participantes das Olimpíadas Rio 2016. Não é Zika vírus, e os atletas não são humanos. O mundo equestre está agitado com a possibilidade de um surto da doença brasileira de mormo, uma patologia respiratória equino mortal, altamente contagiosa e incurável, responsável pela morte de centenas de cavalos em todo o país nos últimos anos. Existe um esforço enorme para conter a epidemia, e embora as autoridades do setor já tenham garantido que não ha risco de surto, os criadores estrangeiros estão alarmados. Os brasileiros consideram exagerada esta reação.

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A reportagem do Journal  lembra que dois cavalos foram sacrificados por conter a doença de momo no Complexo de Deodoro, onde os eventos equestres Olímpicos serão realizados. A doença foi praticamente  erradicada em grande parte do mundo, então  alguns treinadores estrangeiros que sabem do caso destes dois cavalos em fevereiro deste ano tem  expor os cavalos aos Jogos Olímpicos e espalhar pelo mundo, causando uma epidemia. 

O WSJ fala que os organizadores informaram que as instalações olímpicas estão seguros e que foram seguidos todos os rigorosos protocolos internacionais para criar uma zona livre de doenças. 

 "Os cavalos vão ficar em um sistema de bolha, sem contato com outros animais além dos que estão competindo com eles", disse uma equipe estrangeira ao The Wall Street Journal.

"Há muita preocupação entre as equipes de cavaleiros equestres sobre o envio de cavalos, cavalos de alto valor, para países onde existe a doença de mormo", disse o diretor da Federação Equestre dos EUA.

O jornal norte-americano esclarece que a doença de momo é causada pela bactéria Burkholderia mallei, pode causar úlceras e lesões nos pulmões e na pele do cavalo, além de atingir fortemente o trato respiratório. Enquanto burros e mulas tendem a morrer rapidamente, os cavalos podem transmitir a doença por anos antes de sucumbir. A doença zoonótica, etambém pode afetar os seres humanos.