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Trégua Olímpica: ONU pede suspensão de hostilidades no mundo

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Em mensagem que marca o início da Trégua Olímpica às vésperas da Rio 2016, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu hoje (25) o fim das hostilidades em todo o mundo durante as competições. A suspensão dos confrontos foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU para um período que vai dos sete dias anteriores aos Jogos Olímpicos, em 29 de julho, até sete dias após a Paralimpíada, que termina em 18 de setembro.

“Uma pausa nos combates seria uma manifestação dos valores que os Jogos procuram promover: respeito, amizade, solidariedade e igualdade”, destacou Ban Ki-moon, que fez um apelo às partes envolvidas em conflito para que deponham as armas e observem o cessar-fogo.

O secretário-geral da ONU lembrou que os “Jogos tratam, sobretudo, de quebrar recordes da capacidade humana”, motivando indivíduos e países a ir além dos limites do que se pensava ser possível. “Com a mesma determinação, peço um estímulo para combinarmos esforços para ganhar medalhas nos campos dos Jogos e trabalhar para silenciar as armas nos campos de batalha.”

Trégua Olímpica

Em outubro de 2015, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução instituindo oficialmente a Trégua Olímpica. Iniciativa do Brasil, sede dos Jogos deste ano, a resolução foi copatrocinada por 180 países.

A proposta aprovada, “Esporte para o Desenvolvimento e a Paz: Construindo um mundo mais pacífico e melhor por meio do esporte e do ideal olímpico”, reafirma a eficiência do esporte na promoção de diálogo e reconciliação em áreas de conflito.

Segundo a ONU, a trégua remete à tradição da Grécia Antiga que teve início no século 8 AC (antes de Cristo).

Em 1992, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu recuperar a prática, cobrando de todos os países a observância da cessação de hostilidades.

Jogos Rio 2016

A mensagem de Ban Ki-moon ressalta ainda que os Jogos Rio 2016 estão “fazendo história” como os primeiros na América do Sul e também por incluírem, de forma inédita, uma equipe de refugiados no conjunto de delegações que vão competir. “Tal iniciativa mostrará a força dos refugiados ao lembrar ao mundo que temos de fazer mais para combater as causas profundas de seu flagelo. Não há maior motivo para o êxodo do que o conflito, e não poderia haver melhor demonstração de solidariedade do que observar a Trégua Olímpica”, diz o secretário-geral da ONU.

Ao final, Ban Ki-moon pede: “Que a serenidade da chama olímpica silencie o barulho das armas”.