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Silvânia Costa bate recorde mundial do salto em distância no encerramento do Circuito Loterias Caixa

Saltadora supera marca de espanhola que durava desde 1997 

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O Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro foi palco de um recorde mundial logo na primeira competição realizada no local. Neste  domingo, 26, no último dia da primeira etapa nacional do Circuito Loterias Caixa de Atletismo e Natação, em São Paulo (SP), Silvânia Costa estabeleceu a melhor marca da história do salto em distância classe T11 (cego total).  

A atleta registrou a marca de 5,34m. Em todos os seus saltos válidos, Silvânia obteve performances superiores aos 5,21m estabelecidos pela espanhola Purificación Ortiz, em 1997. No entanto, por causa da influência do vento (acima de 2 m/s), duas delas não puderam ser ratificadas como recorde. Os 5,34m transformaram a atual campeã mundial da prova na mais nova recordista mundial. 

"Esta marca me mostra a certeza de que estou no caminho certo para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Já vínhamos trabalhando para obter este recorde e, em cada competição, eu estava melhorando. Hoje, foi fantástico. Este recorde mundial é o máximo da minha carreira e me dá uma sensação de dever cumprido", disse Silvânia, que tinha como melhor marca da carreira os 5,20m obtidos no Open Internacional de Atletismo, no Rio de Janeiro, evento-teste dos Jogos Rio 2016 realizado no mês de maio.  

Outras performances expressivas vieram nas provas de campo. Caio Vinícius assumiu a terceira posição no ranking de classificação para o Rio 2016, com os 15,60m conseguidos no arremesso de peso, classe F12 (baixa visão). Jenifer Martins fez a segunda melhor marca do planeta no salto em distância (T38 - para paralisados cerebrais), com 4,72m.  

Na piscina do CT, a nadadora Rildene Firmino, de 41 anos, ficou próxima de participar de sua quinta edição de Jogos Paralímpicos. Ela nadou os 50m peito em 1min06s02 e bateu o recorde brasileiro da classe SB3. Ela ficou a apenas 11 centésimos do índice B para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. 

Cadeirante desde os seis anos em decorrência de um acidente doméstico, a potiguar ingressou na modalidade aos sete anos, apenas para reabilitação, e se destacou. Rildene esteve nos jogos de 1992, 2000, 2004 e 2008. Em 2014, pensou na aposentadoria, mas os bons tempos a levaram de volta para a Seleção Brasileira. 

 "A Seleção melhorou muito com a equipe multidisciplinar e total apoio aos atletas. Eu deixei tudo em Natal para buscar esse sonho de nadar no Rio 2016. O Leonardo Tomasello (técnico-chefe da equipe) está me preparando para fazer o índice na segunda etapa do Circuito, em julho, mas queria ter feito agora. Vou continuar treinando para essa marca sair na próxima oportunidade", afirmou. 

A próxima etapa nacional do Circuito Loterias Caixa - e última chance para obter marcas classificatórias para os Jogos Paralímpicos - também ocorrerá no CT Paralímpico Brasileiro, entre os dias 15 e 17 de junho.