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Passagem da Tocha Olímpica movimenta ruas da cidade histórica de Pirenópolis

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A manhã desta quarta-feira (4) na simpática Pirenópolis, no interior de Goiás, começou diferente. Mesmo prevista para chegar às 11h40, a Tocha Olímpica já era aguardada pela população horas antes nas ruas coloniais da cidade histórica. 

Às 11h, a rua em frente à Igreja Matriz já estava cheia de gente. Meninas vestidas como pastorinhas, típicas da Festa do Divino – manifestação religiosa da região – dançavam e posavam para fotos com moradores, jornalistas e turistas.

“Tenho visto todo mundo muito empolgado, feliz na cidade. É um momento histórico, não só para a cidade, é a primeira Olimpíada no nosso país. Tenho visto um orgulho muito grande da cidade em relação ao evento”, disse o músico Toni Ribeiro, 44 anos. “Espero que se cumpra o papel que o esporte tem na sociedade. Uma boa educação sem esporte e sem artes não é uma boa educação. E se promover o esporte no país, fazendo com que mais crianças tenham vontade de serem esportistas, já seria uma vitória gigante para o nosso país”, completou.

A atriz Ana Isabela Godinho, 22, nasceu em Pirenópolis, mas atualmente mora no Rio de Janeiro. “Estou de férias, vim para a Cavalhada e aproveitei para assistir a passagem da tocha. Estou super orgulhosa de poder ver esse momento”.

Por volta das 13h, a Chama Olímpica chegou à cidade, vinda de Corumbá. Cerca de meia hora depois, chegou à praça principal, acompanhada pelos Cavaleiros das Cavalhadas, outra tradição da cidade.

Personalidades

O ex-jogador de futebol Sandro Goiano foi o primeiro a carregar a tocha, sob aplausos da população que espremeu pelas ruas estreitas.

“Esse é um momento único. Fui jogador de futebol profissional por 20 anos e isso está sendo como conquistar um título. Espero que essa tocha simbolize alegria e paz no Brasil, simbolize mudança e que nessa Olimpíada no Rio de Janeiro a gente possa conquistar muitos ouros”, disse. O ex-atleta posou para os fotógrafos e seguiu seu caminho pelas ruas de pedra.

Na passagem da Tocha Olímpica, o antigo e o moderno se misturaram em Pirenópolis: a paisagem interiorana e pacata, repleta de construções centenárias, foi cortada por ruidosos e chamativos caminhões, vans e carros abertos da organização dos Jogos e de patrocinadores.

Depois de uma volta pela cidade, a chama voltou à rua da Igreja Matriz nas mãos dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano, nascidos na região. No trajeto, os músicos foram seguidos e muito assediados pelos moradores “Tenho duas lembranças muito fortes de Pirenópolis, uma delas é essa rua. Eu nunca imaginei que passaria um dia por essa, onde eu pisava quando tinha oito anos, com um dos maiores símbolos olímpicos do mundo”, disse um dos cantores.

A solenidade olímpica terminou pouco depois das 14h e a tocha partiu rumo à próxima cidade. Às 14h30, à exceção do pequeno palco montado para os discursos políticos da ocasião, já não havia qualquer traço de que um evento internacional passara por ali. Moradores caminhavam tranquilos em meio aos poucos carros que cruzavam as ruas e cachorros deitavam sob as sombras das árvores em uma tarde novamente tranquila em Pirenópolis.