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Dilma afirma que Brasil fará 'melhor Olimpíada da história'

Mesmo com crise política, país receberá 'bem' os atletas

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Apesar da crise política e econômica que o Brasil enfrenta, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o país fará a "melhor Olimpíada da história" durante a cerimônia que marcou a passagem da tocha olímpica por Brasília nesta terça-feira (03).

    "Sabemos das dificuldades políticas que existem em nosso país hoje. Conhecemos a instabilidade política. Mas, o Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico de nossa história e da nossa democracia, conviver porque criamos todas as condições para isso com a melhor recepção de todos os atletas e de todos os visitantes estrangeiros", disse a mandatária.

    Ressaltando a "hospitalidade e alegria do povo brasileiro", Dilma destacou a estrutura "quase pronta" dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e o sucesso dos quase 40 eventos-testes realizados até o momento. A chefe de Estado ainda afirmou que a diversidade e o fato de "conviver com opiniões diferentes" será importante para passar a mensagem olímpica para o mundo.

    "O Brasil é um país onde expressões culturais das mais diversas, inclusive no campo religioso, tem o seu espaço e a sua vez. Essa capacidade de culturas diferentes conviverem de forma respeitosa é uma das principais mensagens que as Olimpíadas e as Paraolimpíadas afirmam como exemplo para humanidade", ressaltou.

    A chama olímpica chegou ao Brasil por volta das 7h30 desta terça e iniciou seu longo percurso por mais de 300 cidades brasileiras até o dia 5 de agosto, quando chegará para a abertura das Olimpíadas no Maracanã. Em Brasília, a tocha será carregada por 143 pessoas durante 105 quilômetros, em cerimônia que terminará por volta das 21h de hoje.

    - Impeachment Enquanto Dilma fazia seu discurso sobre as Olimpíadas, a Comissão Especial do Senado iniciava mais uma sessão sobre o processo de impeachment da presidente. Se os ritos seguirem o cronograma, a votação que poderá afastar a mandatária do cargo por 180 dias será realizada no dia 11 de maio.

    Em entrevista à emissora norte-americana "CNN" na semana passada, a líder afirmou que ficaria "muito triste" se não estivesse na Presidência da República durante os Jogos Olímpicos - que se iniciam em agosto. "Nós fizemos um enorme esforço no espírito de parceria com o governo do Rio de Janeiro e nos engajamos num esforço no qual aprendemos muitas lições da recente Copa do Mundo", destacou. (ANSA)