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Com presença maciça de público, Tocha Olímpica para as ruas de Taguatinga

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O centro de Taguatinga, cidade do Distrito Federal a cerca de 20 quilômetros do centro de Brasília, parou esta terça-feira (3) para assistir à passagem da Tocha Olímpica. E quem fez as honras da casa foi um campeão olímpico nascido na cidade: o ex-atleta Joaquim Cruz, ouro nos 800 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, e prata na Olimpíada de Seul, em 1988.

A tocha de Cruz foi acesa no início da Avenida Central da cidade. Antes mesmo de receber o fogo olímpico, Cruz já não conseguia conter a emoção e até chorou. “É um grande momento para o esporte, um momento do povo brasileiro. A chama está acesa”, disse o atleta.

A população compareceu em peso para ver o símbolo dos Jogos Olímpicos passando pelas principais ruas de Taguatinga. O cordão de isolamento feito para deixar o caminho dos condutores livre não durou nem 200 metros do percurso: os espectadores tomaram a rua para acompanhar a tocha mais de perto, deixando a passagem tumultuada, o que comprometeu o ritmo dos condutores do fogo olímpico.

Nem o atraso de quase duas horas – a chegada estava prevista para as 14h14, mas o revezamento só começou de fato às 15h54 – desanimou o público, que fez muita festa para recepcionar o símbolo olímpico: “Estou acompanhando desde manhã cedo, e vim porque sei que é um momento emocionante e único. Não podemos misturar isso com a política. É hora de prestigiar nossos atletas e ver de perto um símbolo que tem tanta história”, disse a estudante Leilane Dias de Oliveira.

Expectativa

O aposentado Boanerges Vasconcelos chegou com mais de uma hora de antecedência para garantir um bom lugar. “Moro perto daqui e quis participar deste momento, que vem desde a Grécia Antiga. É importante para a gente fortalecer o nosso civismo”, disse. A gerente de empresas Maria Quitéria Liberal fez questão de correr junto com a tocha, levando as duas filhas pequenas ao lado. “Acompanhei até onde a gente pode, porque isto é algo histórico para o Brasil e eu quis que elas participassem de alguma forma. Ver a tocha de perto é inexplicável. É uma emoção muito grande. Foi um dia que vai ficar marcado para a gente.”

A passagem da tocha mudou a rotina da movimentada Avenida Comercial Sul, que parou nos dois sentidos graças à presença do público. O técnico de logística Alessandro Rodrigues, que trabalha em uma farmácia na região, até tentou se posicionar para ver a tocha mais de perto, mas desistiu: “A confusão estava muito grande”. A estudante de farmácia Kédma Viviane Rodrigues ficou sabendo que a tocha passaria em frente ao seu local de trabalho apenas algumas horas antes da chegada e também não conseguiu se aproximar. “Não deu para ver muita coisa. Foi muito rápido”, disse.

Depois de deixar a Avenida Comercial Sul, a chama seguiu para a Samdu Sul e a Vila Dimas, onde foi conduzida pelo nadador Thiago Pereira, o maior medalhista de todos os tempos nos Jogos Pan-Americanos, e já classificado para os 200 metros medley na Olimpíada do Rio. O giro por Taguatinga terminou com uma parada na fábrica da Coca-Cola, uma das patrocinadoras do revezamento da tocha.

A última parada do fogo olímpico no Distrito Federal será a Esplanada dos Ministérios, com um show de despedida do símbolo. Na quarta-feira (4), é a vez das cidades goianas de Corumbá de Goiás, Pirenópolis e Anápolis receberem a tocha.