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França investiga corrupção na escolha do Rio para Olimpíadas

Inquérito também envolve a cidade de Tóquio

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A justiça francesa está investigando supostos episódios de corrupção nas escolhas de Rio de Janeiro e Tóquio para sediar as Olimpíadas de 2016 e 2020, respectivamente.    

Segundo o jornal britânico "The Guardian", o inquérito nasceu a partir da apuração contra a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês), cujo ex-presidente Lamine Diack teria recebido propinas para encobrir um suposto esquema de doping na Rússia. 

O diário não fornece muitos detalhes sobre o caso, mas diz que ele pode colocar o Comitê Olímpico Internacional (COI) em uma situação delicada. Diack foi membro da entidade entre 1999 e 2013, período durante o qual Rio de Janeiro e Tóquio foram escolhidas para receber os Jogos.

O COI diz estar em "estreito contato" com os investigadores franceses desde o início do inquérito, no ano passado. Já um porta-voz do comitê organizador das Olimpíadas de 2016 afirmou ao "Guardian" que a capital fluminense venceu a disputa porque tinha o "melhor projeto, tanto do ponto de vista da organização como do legado".

Segundo a mesma fonte, a diferença de votos entre Rio e Madri (66 a 32) "exclui qualquer possibilidade de manipulação". A metrópole brasileira foi escolhida em outubro de 2009, superando não apenas a capital espanhola, mas também Tóquio e Chicago. Já maior cidade do Japão foi eleita em 2013, vencendo Istambul e Madri.