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Atentados terroristas não mudaram a segurança da Olimpíada 2016, diz APO

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O presidente em exercício da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, disse que os atentados ocorridos em diversos países nos últimos dias não alteraram o esquema de segurança para os Jogos Olímpicos de 2016. Ele informou que a questão do terrorismo já fazia parte do planejamento porque é uma variável constante neste tipo de competição, que tem um histórico de casos de atentados.

O terrorismo neste planejamento tem que ser visto de forma ampliada, disse ele, salientando que todo o planejamento "já incorporou a necessidade de garantir jogos seguros e pacíficos, já incorporou a visão mais ampliada das melhores e mais modernas medidas de combate e prevenção ao terrorismo, principalmente, usando ferramentas de inteligência para identificar potenciais ameaças”.

Para Marcelo Pedroso, a decisão do governo de suspender a exigência de vistos para turistas que vierem ao Brasil para os jogos durante junho e setembro não vai forçar uma mudança no planejamento, mas pode ser vista pelo lado econômico. “Pode ser vista muito mais pelo lado de incremento que ela dá de visitantes de países com potencial de participação em jogos olímpicos. Então, no balanço desta medida ela é por um lado um potencializador econômico para a realização dos jogos e, por outro, não representa nenhum tipo de ameaça ao planejamento de segurança”, acrescentou.

Pedroso lembrou que quando existe uma ameaça concreta como foram os atentados de Paris, é natural que os países elevem o seu grau de segurança. “Para nós o fato ocorrido faz com que o Brasil também tenha que manter as suas forças em prontidão operacional para garantir que nenhuma situação como esta ocorra durante os jogos”, completou.

A APO apresentou na quarta-feira (25) no Rio, um balanço das ações realizadas em 2015 e as perspectivas de 2016. O presidente adiantou que já está concluída a maior porção da matriz de responsabilidades dos Jogos, que indica os valores e os prazos para o cumprimento dos projetos olímpicos. “Por já ter 90% dos seus projetos contratados e em execução a gente considera a matriz em um processo de encerramento para a realização dos jogos”, apontou.

De acordo com ele, a questão da segurança está sendo discutida pelos representantes dos três níveis de governo porque nem todos os investimentos se caracterizam como exclusivos para os jogos e por isso não deveriam necessariamente estar na matriz. “A gente tem uma parcela de investimentos que são antecipação ou ampliação de política pública. Então a discussão com os entes é conceitualmente, qual é a parcela que é exclusiva dos jogos e que deve entrar na matriz”, esclareceu.

A próxima versão da matriz será divulgada no início do ano que vem. No meio do ano, segundo o presidente, será apresentada mais uma e a última deve ficar para o início de 2017, com a análise dos resultados após a conclusão dos jogos.