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Brasileiros sobem ao pódio do evento-teste para a Maratona Aquática

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A praia de Copabana recebeu neste fim de semana 50 atletas de 14 países que disputaram o Aquece Rio Evento Internacional de Maratona Aquática, o único evento-teste deste esporte para os Jogos Olímpicos. A maratona masculina ocorreu no sábado (22/08) com a vitória do brasileiro Allan do Carmo, que completou a prova em 2h03m53s, seguido pelo japonês Yasunari Hirai, em segundo, e o canadense Richard Weinberger, em terceiro. Já no domingo (23/08), a campeã foi a atleta da Grã-Bretanha, Keri Anne Payne, que conseguiu terminar o percurso em 2h12m18s, com a brasileira Ana Marcela Cunha chegando em segundo lugar e a alemã Isabelle Harle na terceira colocação.  Foram 25 atletas em cada maratona, a mesma quantidade das Olimpíadas. Depois das competições de ciclismo de estrada, e de triatlo e paratriatlo, este foi o terceiro evento-teste com sede no Forte de Copacabana. 

Na prova, os atletas nadaram um circuito de 10 km que consiste de quatro voltas por um percurso de cinco boias. A largada foi realizada de uma plataforma sobre a água, sustentada por uma balsa, a cerca de 100m da areia do Posto 6, na altura da Avenida Rainha Elisabeth. A boia mais longe da largada, no ponto mais distante do percurso, está posicionada na altura da Rua Constante Ramos. Assim como na natação em piscina, a chegada acontece na batida de mão, e o pórtico (painel) de batida estava próximo à plataforma de largada. 

O percurso foi um dos grandes testes desse Aquece Rio, já que a expectativa é que a Fina (Federação Internacional de Natação) dê sua aprovação para que o mesmo circuito seja utilizado nos Jogos Olímpicos. Durante o evento, três áreas tiveram atuação muito próxima à que será aplicada na Maratona Aquática do ano que vem: as equipes de resultados de competição, de organização das competições esportivas e de acessibilidade e sustentabilidade. Foram 90 voluntários e 60 funcionários do Comitê Rio 2016, de 33 áreas diferentes, atuando na organização da Maratona Aquática. O diretor de esportes do Comitê, Rodrigo Garcia, destacou a importância da competição: 

- Precisávamos testar vários pontos para que os ajustes possam ser feitos até o ano que vem. Testamos principalmente o local de competição, a cronometragem, os voluntários e os serviços para os atletas. Outro ponto que testamos, por conta da baixa temperatura da água neste domingo, foi o suporte aos atletas nessa situação. Tudo correu muito bem e faremos os ajustes necessários para que seja melhor ainda durante os Jogos.

A atleta brasileira Ana Marcela Cunha, que já tem a vaga garantida nos Jogos Olímpicos, passou as três primeiras voltas acompanhando o pelotão que liderava a prova. Na última volta, ela deu um sprint (aumento da velocidade do atleta) e conseguiu entrar na disputa pelo pódio. 

- É a primeira vez que uma prova das Olímpiadas da maratona aquática será realizada no mar aberto, então é muito mais desafiador do que competir em um rio ou lago, onde a água está parada. O vento, a marola e a correnteza serão desafios para todos nessa prova, brasileiros ou não. Essa foi a única dificuldade da prova, a qualidade da água estava ótima. Fiquei muito satisfeita com o resultado e o evento – comemorou a maratonista. 

A Guarda Municipal contou com 230 agentes nos dois dias de competição, que cuidaram do ordenamento urbano e do trânsito. A operação contou também com tendas operacionais localizadas em pontos estratégicos da faixa de areia - na altura das ruas Rodolfo Dantas, Figueiredo de Magalhães, Xavier da Silveira e Francisco Sá - para auxiliar na fiscalização das posturas municipais. 

A Cet-Rio interditou ao tráfego, no sábado, uma faixa da Avenida Atlântica, na pista junto a orla, entre as ruas Sá Ferreira e Joaquim Nabuco. No domingo, foi montada apenas a área de lazer na pista junto a orla, como de rotina. Foi proibido o estacionamento na Avenida Atlântica entre a Rua Sá Ferreira e o Hotel Golden Tulip Regent, das 6h do sábado até às 13h de domingo. Toda a operação contou com 25 controladores de tráfego da Cet-Rio, sem gerar impactos no trânsito da região. 

O Centro de Operações Rio (COR) deu suporte às operações de logística para a realização do evento-teste. Para isso, câmeras foram usadas para monitorar as regiões de competição e seus entornos. As imagens, em tempo real, auxiliaram os técnicos do COR no acompanhamento do trânsito nas áreas impactadas pela prova. O Centro de Operações testou mais uma vez a nova configuração da Sala de Controle que será adotada durante os Jogos Rio 2016. O modelo propõe a distribuição dos operadores em bancadas divididas pelas quatro regiões olímpicas (Copacabana, Deodoro, Barra da Tijuca e Maracanã). 

O diretor de operações da Empresa Olímpica Municipal, Leonardo Maciel, avaliou a organização da maratona: 

- O evento foi ótimo. Tudo ocorreu como planejado e a organização não teve problemas. Esse Aquece Rio encerrou os eventos-teste públicos da primeira leva de competições, que vai até o final de outubro. O grande desafio dos eventos abertos foi o Ciclismo de Estrada, mas tudo deu certo e estamos otimistas para as próximas duas ondas de eventos-teste até as Olimpíadas. 

A Maratona Aquática foi o último dos seis eventos-teste para os Jogos Rio 2016 realizados no mês de agosto, depois do triatlo e paratriatlo, do remo, do hipismo, da vela e do ciclismo de estrada. A primeira Regata Internacional de Vela, realizada em agosto de 2014, e a Liga Mundial de Voleibol, em julho deste ano, fecham a lista de oito eventos-teste realizados até aqui. O próximo será o vôlei de praia, entre os dias 1º e 6 de setembro, também em Copacabana. 

Moradores de Copacaba, Décio Maia e Marcus Palmieri acompanharam a prova com atenção. Eles conhecem bem o esporte, já que praticam maratona aquática nas mesmas águas onde os atletas disputavam. Marcus comentou sobre o local do evento e a organização: 

- Considero esse local como o melhor para a prática da maratona aquática na cidade, tanto que treino aqui. O evento foi muito legal e não atrapalhou em nada os moradores do bairro, foi tudo bem organizado.