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Jornal lista seis motivos para fracasso pré-olímpico dos Estados Unidos 

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Com falha do goleiro Sean Johnson no final da partida e um empate por 3 a 3 com El Salvador, a seleção americana masculina de futebol sub-23 se despediu, na segunda-feira, do sonho de conquistar vaga aos Jogos Olímpicos de Londres. O tropeço gerou muitas críticas por parte dos americanos, apesar de a modalidade estar longe de ser popular, especialmente entre os homens - entre as mulheres, o futebol é paixão nacional.

O vexame ganhou destaque na imprensa americana, especialmente por ter sido concretizado dentro de casa: o país sediou o Pré-Olímpico organizado pela Concacaf. Para se classificar, precisaria avançar à final da competição. No entanto, sequer passou da primeira fase. O jornal USA Today listou seis razões para o tropeço da equipe: goleiros sem inspiração, problema na escalação, falta de poder defensivo, diferença de postura, falta de torcida e preparação ruim.

As vagas olímpicas serão definidas no sábado, com as partidas da semifinal. De um lado, o Canadá enfrenta Honduras. Do outro, o confronto será entre México e El Salvador. Quem vencer garante participação na Olimpíada londrina. A final será disputada na segunda-feira. Os americanos, enquanto isso, ainda tentam compreender quais foram as principais falhas. Confira algumas delas.

Goleiros sem inspiração

Sean Johnson foi o responsável por falhar terrivelmente nos minutos finais da partida e permitir o gol da seleção de El Salvador que determinou o empate por 3 a 3 e o fim do sonho olímpico americano. No entanto, o USA Today ressaltou também a falta de inspiração do titular Bil Hamid, que saiu lesionado no segundo tempo. Ele levou dois gols em três minutos e, antes, já havia apresentado mau desempenho, durante a derrota por 2 a 0 para o Canadá

Problema na escalação

A publicação contesta a escalação da equipe feita pelo técnico Caleb Porter. Isso porque o atacante Terrence Boyd, autor de dois gols na competição e jogador do Borussia Dortmund (Alemanha), era reserva até a lesão de Juan Agudelo, do New York Red Bulls (Estados Unidos). "Por que o poderoso e impressionante Boyd não começou jogando, quando Teal Bunbury jogou de forma tão ineficiente?", indaga o texto.

Falta de poder defensivo

Em outra crítica ao técnico Caleb Porter, o jornal sugere que a pretensão de colocar em campo uma equipe ofensiva deixou a defesa exposta demais. O ataque funcionou na vitória por 6 a 0 sobre Cuba na estreia, apesar de o rival ter jogado com um homem a menos por 70 minutos. Não conseguiu vencer a defesa canadense no jogo seguinte, no entanto. Contra El Salvador, os dois gols tomados em três minutos deixaram claros os problemas. "Atacar é ótimo para os torcedores, mas não para uma equipe que se esquece de defender."

Diferença de postura

Segundo o USA Today, a seleção americana de futebol teve garra e jogou "com o coração" até conseguir a virada para 3 a 2 no placar. Então, passou a dar sinais de nervosismo, enquanto que El Salvador teve postura diferente, sem desistir. "Estava claro que eles estavam buscando um momento milagroso contra os Estados Unidos fortemente favorecidos", apontou o texto.

Falta de torcida

O futebol está longe de ser um esporte de destaque nos Estados Unidos, principalmente entre os homens, mas a dificuldade de conseguir público é algo impressionante: de acordo com o jornal, não importa onde jogue, o time não estabelece uma vantagem de mandante de campo. A partida contra El Salvador foi disputada em Nashville, no Tennessee, no sudeste do país. O público do jogo decisivo foi considerado baixo: 7.889 pessoas, metade das quais na torcida pela seleção salvadorenha.

Preparação ruim

Para o USA Today, não há desculpas para o fracasso americano. Se o time não contou com alguns atletas por falta de liberação em seus clubes, por outro lado contou com preparação extensa, com períodos de treinamento desde dezembro, e ampla gama de opções. A seleção do Canadá, por exemplo, se reuniu no começo do mês e fez apenas quatro amistoso. El Salvador está longe de ser potência no esporte e tem poucas opções de convocação - o país tem 6 milhões de habitantes, contra mais de 300 milhões dos Estados Unidos.