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Campanha do agasalho: solidariedade e compromisso com o outro

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Durante o inverno, muitas pessoas e famílias sofrem com o frio sem ter como se aquecer.  A população de rua geralmente é a mais afetada pela mudança climática das cidades. Em São Paulo, já foram notificada cinco mortes por hipotermia. Fatos como esses causam tristeza e preocupação.

Em resposta ao descaso dos poderes públicos diversas entidades, movimentos sociais e pessoas de bem articulam em toda a cidade campanhas de agasalho para generosamente ajudar aqueles que mais sofrem com o frio. 

Na PUC-Rio, os estudantes organizaram uma campanha através do Hip-Hop. Pedro Nascimento, rapper e aluno de comunicação social, organizou uma batalha de MC’s com o intuito de arrecadar agasalhos para distribuir pelas ruas da cidade nos finais de semana. 

“Após o sucesso das batalhas na PUC, o centro acadêmico pediu para que fizéssemos uma edição dentro do espaço do CA, ai fiquei pensando em qual temática eu iria usar, até que chegou  esse frio absurdo que agente tá passando. No começo de junho, ouvi falar que tinha morrido um morador de rua em são Paulo. Aí me veio a ideia de usar a função social que o hip hop tem. Reuni a galera do coletivo de Hip Hop da PUC fiz a proposta em unir o útil ao agradável para fazer uma campanha do agasalho. Falei para a galera que é uma oportunidade de estar ajudando, de estar ajudando e fazendo o que agente ama”,relatou Pedro para esta coluna.

O objetivo das inúmeras “Campanha do Agasalho” é coletar o maior número possível de roupas, calçados, agasalhos e cobertas para suprir as necessidades de famílias e pessoas carentes que estão nas ruas. Assim, nessas épocas do frio, a solidariedade e a preocupação com o outro permite diminuir o sofrimento daqueles que não tem como se aquecer.

Aqueça-os ajudando na campanha do agasalho, e faça o bem! Procure alguma campanha pela internet ou pelas associações do movimento social, igrejas e demais pessoas engajadas nesta causa e faça da sua vida ajudando os que mais precisam de você?

*Walmyr Júnior é morador de Marcílio Dias, no conjunto de favelas da Maré, é professor, membro do MNU e do Coletivo Enegrecer. Atua como Conselheiro Nacional de Juventude (Conjuve). Integra a Pastoral Universitária da PUC-Rio. Representou a sociedade civil no encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.