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O Professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo

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Não é de hoje que os moradores das favelas sofrem com a truculência policial. A classe mais pobre da nossa cidade sempre esteve amedrontada pela opressão do inimigo fardado. Nesta semana podemos observar que este sujeito não é só inimigo dos pobres e favelados. O policial militar se tornou também inimigo dos professores.

As imagens que vimos nessa semana causam horror e medo! Sim, os policiais militares do Estado do Rio de Janeiro se submeteram a ordens inconcebíveis do ponto de vista ético, moral e humano: expulsou a força os professores grevistas da Câmara dos Vereadores desta cidade.

Segundo a coordenadora do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), Gesa Corrêa, a desocupação do plenário da Câmara Municipal foi arbitrária. Ela estava presente no momento da operação e garante que “foi uma truculência, um caos”. O comandante da PM nem sequer apresentou a ordem judicial de reintegração de posse. “Ele acabou dizendo que era ordem do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Não tinha nada escrito, foi autoritarismo mesmo”

Vemos esses governos, tanto da cidade como do estado, descumprindo o seu papel de governar para o interesse da população e faz o que bem entende com o ‘poder’ que lhe foi dado. Nós cidadãos votamos para ser representados, e não para sermos atacados como malfeitores. Os Governantes com suas políticas de ‘segurança pública’ estão criminalizando os nossos professores e educadores...

  Para completar o descaso dos governos do PMDB com a educação, no dia 23 de setembro, a Secretaria Estadual de Educação determinou através do decreto 44.405 a extinção dos cargos de merendeira, servente, vigia e zelador nas escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro.

Esse decreto surge para abrir espaço para as terceirizações, algo completamente prejudicial para a educação. Os funcionários das escolas são tão importantes quanto os professores. Devemos acabar com essa ideia equivocada de que se faz educação com qualidade apenas com a presença de professores. É preciso mais. Quem não se lembra das ‘tias e tios’ que sempre fizeram história nas nossas infâncias no colégio?

Somos todos professores por que creditamos que a paralisação é um instrumento dos trabalhadores para corrigir realidades injustas. Somos professores por que a valorização do servidor público estadual tem que fazer parte do projeto de educacional do Estado. Se esses governos estão na contra mão da educação nós estamos na mão certa: nas ruas e nas lutas.

Já dizia Paulo Freire: “Seria uma atitude muito ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que permitissem às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de forma crítica”

Nós sociedade civil organizada, temos a tarefa de se fazer presente nesta segunda feira dia 07 de outubro e fazer a maior manifestação pacífica pela educação que esse país já viu. Estaremos todos e todas as 17h em frente a Igreja da Candelária na Avenida Presidente Vargas. Juntos somos fortes, juntos somos professores.