Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas neste domingo no Iraque, em mais um dia da onda de protestos deflagrada há uma semana no país.
Desde o início das manifestações diárias, no dia 8 de julho, em Basra, a grande cidade do sul, cinco pessoas morreram.
Os protestos contra o desemprego e os serviços públicos deficientes se intensificaram após a morte de um manifestante na província de Basra no primeiro dia do movimento social.
Após o início em Basra, os protestos se estenderam a outras províncias meridionais, incluindo Najaf, Misan, Kerbala, Zi Qar e Mutana.
Em Samawa, capital da província de Mutana, dois manifestantes morreram e 27 ficaram feridos por disparos diante da sede do governo, informou uma fonte médica, sem precisar a origem dos tiros.
Em Basra, confrontos entre as forças de segurança e manifestantes nos arredores da sede do governo deixaram 50 feridos, a maioria civis, revelou um oficial.
Diante da ampliação do movimento, o primeiro-ministro Haider al-Abadi anunciou no sábado uma ajuda imediata de 3 bilhões de dólares para a província de Basra, além da promessa de investir na construção de casas, escolas e serviços.
A taxa de desemprego é oficialmente de 10,8% no Iraque, país onde os jovens com menos de 24 anos representam 60% da população.
Os recursos petrolíferos do Iraque representam 89% do seu orçamento e 99% das suas exportações, mas geram apenas 1% dos empregos aos trabalhadores locais. As companhias petrolíferas internacionais empregam essencialmente estrangeiros em suas instalações.
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