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UE adota sanções contra 11 autoridades venezuelanas após eleição presidencial

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A União Europeia (UE) adotou nesta segunda-feira sanções contra 11 autoridades venezuelanas em consequência da eleição presidencial de 20 de maio, que terminou com a reeleição de Nicolás Maduro e que, para os europeus, não reuniu garantias suficientes.

As sanções sobre a Venezuela "foram adotadas", indicou à AFP uma fonte europeia. As identidades das 11 pessoas afetadas serão conhecidas após a publicação da decisão no Diário Oficial da UE.

Os chanceleres europeus reunidos em Luxemburgo foram os responsáveis por adicionar os nomes de 11 pessoas à lista de sancionados com medidas "seletivas", que implicam a proibição de viajar à UE e o congelamento de seus ativos no bloco.

Oito dias depois da reeleição de Maduro com 68% dos votos em uma disputa presidencial antecipada, boicotada pelos principais partidos da oposição, os chanceleres se comprometeram a adotar novas sanções e pediram novas eleições.

Um alto funcionário europeu explicou na ocasião que o objetivo era punir as "pessoas vinculadas à organização destas eleições pouco representativas".

A decisão eleva a 18 o número de pessoas sancionadas por minar, na opinião da UE, a democracia, o Estado de Direito e os direitos humanos neste país abalado por uma profunda crise política e econômica.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, foi sancionada em janeiro ao lado de outras seis pessoas, incluindo o número dois do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, presidente da governista Assembleia Constituinte que administra a Venezuela.

Ao contrário de Canadá, Estados Unidos e Panamá, os europeus resistem a impor sanções ao presidente venezuelano, pois não desejam romper as pontes de diálogo e esperam conseguir trabalhar em prol de uma solução negociada para a crise.

Em novembro, os 28 países europeus aprovaram o primeiro pacote de sanções, que incluía um embargo de armas e de material suscetível de ser usado para a "repressão interna", preocupada com a situação no país após as manifestações da oposição que terminaram com 125 mortos em quatro meses em 2017.

csg-tjc/acc/fp