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Vaticano condena padre por posse de material de pornografia infantil

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Um padre italiano e ex-diplomata da Santa Sé foi condenado neste sábado (23) a cinco anos de prisão por possuir material de pornografia infantil, anunciou o tribunal do Vaticano.

Questionado na véspera, no primeiro dia de seu expedito julgamento, Carlo Alberto Capella admitiu sua culpa, explicando que atravessou "uma crise pessoal" quando se sentia inútil em sua função de conselheiro da nunciatura nos Estados Unidos.

O padre italiano, oriundo de Capri, foi chamado em setembro para que retornasse à Santa Sé, onde foi iniciada uma investigação. Foi preso em abril em uma cela da Gendarmeria do Vaticano.

Em 21 de agosto, o Departamento de Estado americano falou, por via diplomática, de uma possível violação às leis sobre imagens de pornografia infantil por parte de um membro do corpo diplomático da Santa Sé creditado em Washington.

A Santa Sé chamou o religioso sem dar curso ao pedido americano de suspender a sua imunidade diplomática, indicou uma fonte do Departamento de Estado.

O Canadá emitiu no ano passado uma ordem de prisão contra Capella pelos mesmos motivos, de quem suspeita-se que tenha baixado imagens de pornografia infantil do interior de uma igreja de Windsor (Ontário).

Em 2013, o papa Francisco instaurou uma nova legislação relativa aos abusos sexuais sobre menores de idade e pornografia. Um padre considerado culpado pode cumprir uma pena de até 12 anos de prisão.