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Departamento de Saúde americano cria célula para reunir famílias de imigrantes (imprensa)

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O Departamento de Saúde dos Estados Unidos criou uma "célula especializada no reagrupamento de crianças não acompanhadas", um primeiro passo para resolver o quebra-cabeça das famílias de imigrantes separadas na fronteira com o México.

Segundo o site Político, a célula foi confiada a uma autoridade das situações de emergência, sinal da profundidade de um trabalho normalmente designado ao departamento de Relocação de Refugiados.

"O secretário Alex Azar mobiliza todos os recursos competentes do departamento para ajudar a reagrupar ou relocar crianças ou adolescentes estrangeiros desacompanhados na residência de um familiar ou alguém que os abrigue", disse na noite de ontem ao site a porta-voz do departamento, Evelyn Stauffer. Procurado hoje pela AFP, o departamento não respondeu à consulta.

Em função da política de "tolerância zero" implementada pelo governo Trump no começo de maio, mais de 2,3 mil crianças e adolescentes americanos foram separados de seus pais na fronteira com o México.

A situação gerou protestos em todo o mundo, incluindo da ONU, e também nas fileiras do Partido Republicano, que governa os Estados Unidos.

Apesar do decreto presidencial que pôs fim esta semana às separações indiscriminadas na fronteira, reina a confusão. Embora alguns pais sem documentos tenham podido voltar a se reunir com seus filhos, o governo não divulgou cifras a respeito.

A Marinha americana planeja, por sua vez, construir campos em bases aéreas abandonadas para reunir dezenas de milhares de imigrantes que deverão chegar nos próximos meses, segundo um documento interno divulgado ontem pela revista "Time".

Legisladores democratas continuavam hoje pressionando o governo com visitas a centros de detenção que abrigam jovens imigrantes, segundo a rede CNN, enquanto se previa a realização de manifestações no estado da Califórnia.

AB/seb/dg/val/lb