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Companhias japonesas apontam Taiwan como parte da China em seus sites

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As companhias aéreas japonesas Japan Airlines (JAL) e ANA Holdings decidiram se referir a Taiwan como um destino que faz parte da China, em suas páginas em chinês, uma medida tomada para satisfazer Pequim.

Em abril, a Autoridade Chinesa de Aviação Civil pediu a 36 companhias aéreas estrangeiras que respeitassem a disposição da China de designar Taiwan, Hong Kong e Macau como territórios chineses.

A China considera que Taiwan faz parte de seu território, embora esta ilha seja administrada independentemente desde 1949.

A mudança de nomeação foi feita discretamente pela JAL e pela ANA em 12 de junho, dia da histórica cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

No entanto, em japonês e em outras línguas, não houve alterações.

"Tomamos essa decisão após consultar o Ministério dos Transportes e o Ministério das Relações Exteriores", disse um porta-voz da JAL à AFP.

"A mudança ocorreu em 12 de junho, porque foi quando terminamos os preparativos", explicou.

"Optamos por uma expressão de fácil compreensão para os usuários dos nossos sites", completou.

Um representante da ANA deu explicações similares.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan apresentou seu protesto às duas companhias aéreas e pediu que este "título inadequado" seja corrigido.

"Mais uma vez, as autoridades chinesas exercem pressão indevida sobre o espaço internacional de Taiwan", lamentou o Ministério.

Ele acrescentou que tal atitude "não poderia deixar de aumentar o ressentimento entre a população taiwanesa e prejudicar gravemente as relações" entre os dois países.

O governo japonês também manifestou preocupação em relação ao pedido chinês.

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