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CEO da Audi é detido pelo escândalo "dieselgate"

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O CEO da Audi, Rupert Stadler, foi detido por suspeitas de fraude relacionadas ao "dieselgate" da empresa matriz Volkswagen, escândalo dos motores adulterados para dissimular o nível real de emissão de gases poluentes dos veículos da marca.

"A ordem de prisão é baseada na ocultação de provas", afirma um comunicado divulgado pela Promotoria de Munique, que fez uma operação de busca e apreensão na semana passada na casa de Stadler.

Stadler e outro integrante da diretoria da Audi foram acusados de "fraude" no fim de maio.

A Audi confirmou a detenção à AFP, sem revelar mais detalhes, recordando apenas a presunção de inocência.

A Agência Federal dos Automóveis, KBA, ordenou no início do mês o recall de quase 60.000 Audi A6 e A7 após a descoberta de um "dispositivo ilícito" capaz de falsificar os níveis de emissões de gases poluentes.

No fim de maio aconteceram operações nas residências dos dois suspeitos, depois de operações em fevereiro, março e abril nas casas e locais de trabalho de diretores da Audi na Alemanha, incluindo a sede da montadora em Ingoldstadt.

Várias unidades da Promotoria na Alemanha abriram investigações por fraude, manipulação de cotação na Bolsa e publicidade enganosa contra trabalhadores da Volkswagen e suas marcas Audi e Porsche, assim comoa Daimler e a marca de eletrodomésticos Bosch.

O ex-CEO da Volkswagen Martin Winterkorn e seu sucessor, Martin Mueller, o atual chefe do Conselho de Vigilância do grupo, Dieter Poetsch, e o atual presidente da Volkswagen, Herbert Diess, são alvos das investigações.

O escândalo do "dieselgate" explodiu em setembro de 2015, quando a agência americana do meio ambiente, a EPA, acusou a Volkswagen de ter equipado 11 milhões de seus veículos a diesel, quase 600.000 deles nos Estados Unidos, com um dispositivo capaz de falsificar o resultado dos testes antipoluição e de dissimular emissões que às vezes eram até 40 vezes superiores aos limites autorizados.