ASSINE
search button

Preço do petróleo tem forte queda

Compartilhar

O petróleo teve uma forte queda ontem após a Arábia Saudita e a Rússia considerarem “provável” reduzir os limites de produção vigentes desde o ano passado para melhorar os preços. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em julho em Londres recuou US$ 2,35, para US$ 76,44. Em Nova York, o barril de “light sweet crude” (WTI), também para julho, caiu US$ 2,83, para US$ 67,88. 

Após a melhoria dos preços dos últimos meses, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, inclusive a Rússia, poderiam elevar suas cotas de produção - e isso abalou os mercados. 

O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khaled al-Faleh, disse em um fórum econômico na Rússia que os produtores poderão liberar a oferta em breve. “O retorno do petróleo ao mercado deve ser feito de forma progressiva, não faremos isso rapidamente. Provavelmente, isso acontecerá no segundo semestre do ano”, acrescentou. 

James Williams, analista da WTRG, disse que “a Rússia, sem dúvida, quer aumentar a oferta por algum tempo, mas é a primeira vez que a Arábia Saudita se expressa tão claramente em apoio a um aumento da produção”. 

A Arábia Saudita “quer um preço de barril próximo a US$ 70 e que não suba a US$ 90, para não penalizar os consumidores”, acrescentou. No dia 17 deste mês, o preço do Brent superou os US$ 80 pela primeira vez desde 2014 - chegou a US$ 80,18. Os saudutas são os maiores exportadores do mundo e concentram a atenção dos mercados porque é esperada uma redução na oferta da Venezuela e do Irã como resultado das sanções dos EUA. 

Ontem, Wall Street fechou com os índices dispersos, e as ações do setor energético foram castigadas pela queda do petróleo. O índice industrial Dow Jones recuou 0,24%, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 0,13%, e o S&P 500 teve queda de 0,24%. Entre as ações petrolíferas, a ExxonMobil recuou 2% e a Chevron, 3,5%.