O Paquistão terá eleições legislativas em 25 de julho, anunciou um porta-voz da Presidência à AFP, pondo fim a vários meses de suspense e a menos de uma semana de o Executivo atual deixar suas funções.
"O presidente aprovou a data de 25 de julho para as legislativas no país", declarou o porta-voz, confirmando um anúncio feito anteriormente no Twitter e na imprensa estatal.
Um governo provisório vai assumir o poder, à espera do resultado das eleições.
É a primeira vez na história do país, marcada por vários golpes de Estado que dois governos civis completam uma legislatura.
Em 2013, a Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), de Nawaz Sharif, venceu o Partido do Povo Paquistanês (PPP), do presidente Zardari, sancionado por seu balanço econômico e de segurança.
Cinco anos depois, o PML-N termina seu mandato com um balanço mais positivo. A insegurança diminuiu consideravelmente. A grave crise energética foi decidida em grande parte e diferentes obras de infraestrutura foram inauguradas.
Mas o PML-N teve vários reveses. Em julho, o ex-premiê, Nawaz Sharif, foi destituído por corrupção. A Justiça o proibiu de dirigir o PML-N, que tinha fundado, e também o declarou inelegível por toda a vida.
No fim de abril, o chanceler Khawaja Asif foi destituído por violar as regras eleitorais. Semanas depois, um homem feriu com um tiro o ministro do Interior, Ahsan Iqbal.
O principal adversário do PML-N é o Tehreek-e-Insaf - ou PTI, o Movimento para a Justiça no Paquistão -, liderado pelo ex-campeão de críquete, Imran Khan.
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