China e Burkina Faso estabeleceram, neste sábado (26), relações diplomáticas três dias depois da ruptura entre o país africano e Taiwan, uma nova vitória na campanha empreendida por Pequim para isolar a ilha que considera como uma de suas províncias.
A notícia foi anunciada em um comunicado conjunto firmado em Pequim pelo ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, e por seu homólogo burquinense, Alpha Barry.
O anúncio era esperado desde quinta-feira, quando Burkina Faso anunciou a interrupção de suas relações com Taiwan, que perdeu, nos últimos anos, muitos de seus laços diplomáticos com os países em desenvolvimento, devido à influência da China.
China e Taiwan são dirigidas por regimes rivais desde o final da guerra civil, em 1949. A ilha goza de um governo autônomo, mas nunca declarou sua independência.
Pequim sempre a considerou como uma de suas províncias. Por isso, proíbe seus sócios de manterem relações diplomáticas com a ilha e tenta convencer os últimos aliados de Taiwan a renunciarem a seus vínculos com Taipé e reconhecer o regime comunista.
Desde 2000, vários países africanos, incluindo Chade e Senegal, romperam suas relações com este país para se beneficiar do que pode lhes trazer uma cooperação com a grande potência econômica chinesa.
Depois da ruptura com Burkina Faso, Suazilândia é o único país africano que ainda mantém relações com Taiwan.
"Esperamos que esse país se una o quanto antes à grande família da amizade sino-africana", declarou Wang após a assinatura do comunicado conjunto.
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