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UE e Otan pedem que a Rússia aceite sua "responsabilidade" na queda do voo MH17

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União Europeia (UE) e Otan pediram nesta sexta-feira em dois comunicados distintos que a Rússia aceite sua responsabilidade no caso do avião da Malaysia Airlines derrubado em 2014 na Ucrânia.

A equipe internacional que investiga a tragédia do voo MH17, em que morreram 298 pessoas, revelou pela primeira vez na quinta-feira que uma brigada militar russa transportou o míssil utilizado para derrubar o avião.

"A UE faz um apelo à Federação Russa para que aceite sua responsabilidade e coopere plenamente com todos os esforços para estabelecer a prestação de contas", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

Em outro comunicado, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também fez um pedido à Rússia para que "aceite a responsabilidade e coopere".

"A derrubada do MH17 foi uma tragédia mundial e os responsáveis devem prestar contas", completou.

A equipe de investigação conjunta concluiu que o míssil "BUK-TELAR que derrubou a aeronave do voo MH17 veio da 53ª Brigada de Mísseis Antiaéreos estabelecida em Kursk, Rússia", afirmou o investigador holandês Wilbert Paulissen.

Os investigadores já haviam concluído que o avião foi derrubado por um míssil BUK de fabricação russa, lançado de território ucraniano controlado pelos separatistas pró-Moscou.

A equipe fez a reconstituição do caminho pelo qual o míssil foi transportado, de Kursk, a 100 km da fronteira com a Ucrânia, utilizando vídeos e fotos.

Moscou negou rapidamente a acusação e afirmou que nenhum projétil com tais características atravessou a fronteira entre Rússia e Ucrânia.

Após a queda do avião, a UE ampliou em julho de 2014 os pacotes de sanções contra a Rússia por seu papel no conflito na Ucrânia, com medidas contra setores de energia, defesa e bancos russos, que foram prorrogadas desde então.

tjc/acc/fp