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Irlanda vai às urnas votar em mudanças na lei de aborto

Votação pode permitir que mulheres abortem em mais situações

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Os irlandeses estão votando nesta sexta-feira (25) em um referendo sobre aborto. Se aprovado, haverá mudanças no artigo 8 da Constituição, flexibilizando a prática no país, que possui uma das legislações mais rigorosas da Europa sobre o assunto.

Segundo as pesquisas, calcula-se que a maioria do eleitorado, formado por 3 milhões de pessoas, vote a favor da reforma da lei do aborto. Mas as últimas sondagens apontaram que o apoio caiu nos últimos dias. A principal proposta da consulta é retirar a proibição quase que completa do aborto e substitui-la por um projeto que libere o ato em qualquer tipo de situação, desde que a mulher tenha até 12 semanas de gestação e, nos casos de gestações perigosas, seis meses.

Atualmente, na Irlanda, que é um dos países mais católicos do mundo, a interrupção da gravidez só é possível em casos excepcionais, quando a vida da mulher corre perigo, por exemplo.

Porém, a legislação não permite realizar o aborto em casos de incesto, estupro ou alguma malformação do feto.

A rigorosa lei irlandesa sobre o tema foi aprovada em 1983 e, na época, as mulheres detidas por terem cometido aborto poderiam pegar 14 anos de prisão. No entanto, em 2013, o país resolveu flexibilizar a lei após a morte de uma irlandesa que corria riscos de vida por conta da gravidez e não pode abortar.

Muitas mulheres que desejam abortar na Irlanda precisam viajar para outros países, como o Reino Unido, onde o ato é permitido.