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Gaza omite nome de bebê palestino em lista de falecidos

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As autoridades de saúde de Gaza decidiram não incluir o nome de um bebê falecido em circunstâncias confusas de uma lista oficial de palestinos abatidos pelo Exército israelense durante protestos recentes.

Leila al-Ghandur, de oito meses, está no centro de uma polêmica sobre a causa de sua morte, ocorrida há 10 dias na Faixa de Gaza, cenário de manifestações e confrontos entre palestinos e soldados israelenses nas últimas semanas.

O ministério da Saúde de Gaza anunciou em um primeiro momento que a menina faleceu por conta do gás lacrimogêneo lançado pelo exército israelense.

As Forças Armadas de Israel negaram essa versão com base nas informações de um médico palestino que conhecia o bebê e sua família, e, segundo o qual, a menina sofria de problemas cardíacos.

O exército denunciou uma "invenção" por parte do Hamas, movimento islamita que comanda a Faixa de Gaza e controla as autoridades de Saúde, e com o qual Israel travou três guerras desde 2008.

O ministério da Saúde publicou esta semana uma lista de "mártires", palestinos que morreram por disparos israelenses durante os protestos, que não inclui o nome de Leila al-Ghandur.

Ashraf al-Qodra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, indicou à AFP que seus serviços estão analisando o caso da menina antes de decidir se a incorporam ou não à lista.

As autoridades israelenses não detalharam a identidade do médico ao qual se referiam, seus vínculos com a família nem as condições nas quais o exército obteve a sua declaração.

Segundo a família, o tio do bebê, de apenas 11 anos, havia levado Leila al-Ghandur até a fronteira com Israel durante as manifestações porque achava que seus pais estavam lá.

Ao menos 114 palestinos foram mortos por soldados israelenses no território desde 30 de março.

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