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Temer lança Henrique Meirelles como pré-candidato à presidência

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O presidente Michel Temer lançou nesta terça-feira (22) o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como pré-candidato do MDB para disputar as eleições de outubro.

"O Meirelles é o melhor entre os melhores", declarou Temer durante um evento do partido em Brasília para lançar o programa de governo, chamado "Encontro com o futuro", e a pré-candidatura.

Meirelles, de 72 anos, assumiu o controle da economia brasileira em 2016, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sua candidatura agrada o mercado, mas ele terá que se esforçar para conquistar um eleitorado que, segundo as pesquisas, lhe destina apenas cerca de 1% das intenções de votos.

Com o anúncio, Temer oficialmente desiste de sua eventual candidatura. Há meses ele mantinha essa possibilidade em aberto, apesar de sua elevada taxa de impopularidade.

"O Brasil se cansou de políticas populistas", afirmou o pré-candidato em Brasília.

A candidatura de Meirelles - engenheiro civil com vasta experiência no mercado financeiro, que foi presidente mundial do BankBoston e do Banco Central durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) - ainda deve ser ratificada na convenção nacional do MDB, prevista para o fim de julho ou começo de agosto.

- Eleições incertas -

O cenário das eleições deste ano é o mais incerto desde a retomada democrática no país, em 1985.

Os favoritos das pesquisas são Lula - que cumpre, desde o mês passado, pena de 12 anos de prisão por corrupção e cuja candidatura deve ser embargada pela Justiça Eleitoral -, com um terço das intenções de votos, e Jair Bolsonaro, com quase 20%.

A principal bandeira de Meirelles será a continuidade das reformas e o ajuste fiscal impulsionado pelo governo. Ele afirma que essas medidas tiraram o Brasil da pior recessão de sua história.

Ele vai disputar o eleitorado do ex-governo de São Paulo, Geraldo Alckmins (PSDB).

No documento, "Encontro com o futuro", o MDB apresentou as principais linhas de seu programa: continuar as reformas, estimular a participação do setor privado, reduzir a intervenção do Estado na economia, melhorar os sistemas de segurança, saúde e educação.

mel/js/tm/ll