O advogado dos pais de uma menina curda de dois anos morta durante uma perseguição policial na quinta-feira passada na Bélgica garantiu nesta terça-feira (22) que o autor do disparo fatal foi um policial que já foi "identificado".
"O policial que atirou foi claramente identificado", declarou à AFP Olivier Stein, depois de uma reunião com a Promotoria de Tournai (oeste da Bélgica, perto da fronteira com a França).
"Não havia armas na van" que transportava 30 imigrantes curdos (26 adultos, 4 crianças) "e um único tiro foi disparado por um policial (...) e foi esta bala disparada por este policial que matou a pequena Mawda Shawri", continuou Stein.
A criança morreu na ambulância que a transportava para o hospital.
Em uma coletiva de imprensa na sexta-feira, o primeiro promotor substituto de Mons, Frederic Bariseau, foi prudente ao falar sobre a origem do tiro durante esta perseguição ocorrida na madrugada de quinta-feira entre Namur e Maisières, um subúrbio de Mons.
"Não se descarta que esta bala tenha saído da arma de um policial, mas a investigação terá que determinar se houve outros tiros, saber qual policial - se foi um policial -, ou uma pessoa na van que poderia estar armada", explicou o magistrado.
As autoridades judiciais também confirmaram nesta terça-feira ao advogado que "a bala foi disparada no meio da perseguição, quando a van rodava a 90 km/h, a partir de um dos carros da polícia".
Estas informações "confirmam as explicações dos meus clientes", disse Stein.
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