O presidente americano, Donald Trump, exigiu neste domingo (20), no Twitter, a abertura de uma investigação sobre uma possível "infiltração" de sua campanha presidencial por agentes do FBI com fins políticos.
"Exijo aqui, e amanhã farei oficialmente, que o Departamento de Justiça investigue se o FBI infiltrou ou vigiou a campanha Trump com fins políticos", tuitou o presidente.
O presidente americano também disse que se deve saber se "esses pedidos ou solicitações foram feitos por pessoas da administração Obama".
O comunicado de Trump foi divulgado no momento em que aumenta a pressão da investigação sobre a suposta interferência da Rússia. A imprensa informou que o FBI enviou um professor americano radicado na Grã-Bretanha para falar de modo separado com os assessores de campanha de Trump em 2016.
O jornal The New York Times descreveu o professor como "um informante" e indicou que a Polícia Federal buscava provas de que Carter Page e George Papadopoulos, ex-assessores de Trump na campanha eleitoral, tinham contatos suspeitos com a Rússia.
Trump acusou o professor de realmente ser um agente infiltrado, possivelmente enviado pelo governo de Barack Obama para entrar em sua campanha.
O Departamento de Justiça ordenou a seu órgão de vigilância interna que investigue as questões levantadas pelo presidente, o que coincidiu com uma "revisão" que já estava em prática sobre a aplicação da lei FISA, que segundo os republicanos não foi respeitada no que diz respeito à vigilância de Page.
"O Departamento solicitou ao inspetor geral que ampliasse a revisão em curso do processo de aplicação da FISA, para determinar se aconteceu alguma irregularidade ou motivação política na forma como o FBI realizou sua investigação cde contrainteligência das pessoas suspeitas de envolvimento com os agentes russos que interferiram nas eleições presidenciais de 2016", afirmou a porta-voz do Departamento de Justiça, Sarah Isgur Flores, em um comunicado.
Legisladores democratas acusam a Casa Branca e os republicanos de desejaram desestabilizar o procurador especial Robert Mueller, que já está há um ano investigando o possível conluio entre Moscou e a equipe de campanha de Trump para vencer Hillary Clinton nas eleições de 2016.
O presidente denuncia com veemência a "caça às bruxas" que, segundo ele, representa a investigação de Mueller sobre o suposto conluio entre sua campanha e Moscou.