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Final feliz para o casal real

Com suspiros e torcida, brasileiros na Inglaterra celebram casamento real em Windsor

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WINDSOR - Uma multidão tomou as ruas da histórica e charmosa Windsor ontem para acompanhar de perto do casamento do príncipe Harry, de 33 anos, com a atriz norte-americana Meghan Markle, de 36.  Apesar de toda a pompa e protocolo que um evento da monarquia britânica reserva, o casamento do filho mais novo da princesa Diana teve uma mistura de final feliz, já que o drama envolvendo a família da noiva ganhou as manchetes dos últimos dias - quando Thomas Markle, o pai de Meghan, comunicou que não a levaria até o altar -, com uma espécie de carnaval à moda inglesa, como definiu o brasileiro Luiz Delazari, que está vivendo na Inglaterra há 4 meses, “é o momento deles de brincar e se divertir”, comentou Luiz, que levantou cedo e partiu de Londres só para acompanhar o casamento.  

Com direito a máscaras, fantasias de todos os tipos e até trajes especiais típicos, os britânicos deram o tom da festa, mas os sotaques de gente de todo mundo fizeram com que a celebração ganhasse várias versões de uma história de amor. A paranaense Bruna Grego ficou emocionada durante o evento. “É a primeira vez que participo de um casamento real. É lindo. Todo mundo se abraça, acho que por um tempo as pessoas vão acreditar mais no amor”, suspira. Enquanto apenas 600 convidados puderam entrar na Capela de São Jorge, que faz parte do Castelo de Windsor, cerca de 120 mil pessoas se amontoaram do lado de fora para aguardar o desfile da carruagem com o casal, que pontualmente às 13h15, depois da cerimônia, se apresentou ao público como os duques de Sussex, título dado na manhã do próprio sábado ao princípio Harry e sua esposa pela rainha Elizabeth II. No meio da multidão, a camiseta da Seleção Brasileira destacou-se. 

Diego Colares, de São Paulo, antecipou a Copa do Mundo e fez questão de mostrar que a torcida já chegou por aqui. “ Já estou pronto”, disse ele. “A gente tem que aproveitar para vestir a camisa”, disse. Além dos europeus, latinos, chineses, e muitos outros povos, a imprensa dos Estados Unidos estava em peso na cobertura do casamento real, o que era de se esperar, já que a toda a trajetória de Meghan, desde sua origem afrodescendente e de classe média, passando pelo divórcio do primeiro marido foram temas de polêmica na Grã-Bretanha e ganharam repercussão, inclusive pelos desarranjos da família Markle, que fizeram parte das notícias dos últimos tempos, e claro, as dúvidas que pairavam sobre a aprovação do casamento pela monarquia. Mas como num verdadeiro conto de fadas, o final feliz chegou. Ao lado da mãe Doria Ragland, Meghan estava tranquila. Conduzida ao altar pelo futuro rei da coroa britânica, príncipe Charles, Meghan exibiu modelo de vestido simples, desenhado pela estilista Clare Waight Keller. Com um véu de 5 metros, contendo as flores dos 53 países que integram a Commonwealth. 

Os pequenos George e Charlotte, filhos do príncipe William e Kate Middleton, assim como outras oito crianças, foram pajens da noiva. Na lista seleta de convidados estavam personalidades como Oprah Winfrey, David e Victoria Beckham e George Clooney com a mulher Amal. Ficaram de fora políticos importantes como a primeira-ministra do Reino Unido Theresa May, por exemplo. Mesmo assim, um esquema de segurança bastante forte foi visto pelas ruas de Windsor e de Londres, o que se estima tenha custado aos cofres públicos cerca de 32 milhões de libras (R$ 155 milhões). A festa, que durou o dia todo nos arredores de Windsor, dividiu a atenção com a final da Copa da Inglaterra, disputada também neste sábado, em Londres, entre o Manchester United e o Chealsea, que levou o título por um a zero.