Um dia após se formar em biologia na Universidade Kent State, em Ohio, Kaitlin Bennett, 22, resolveu fazer uma visita ao campus da instituição. Mas com um detalhe impossível de passar despercebido. Ela foi ao local armada com um fuzil AR-10 semi-automático. A recém-formada postou as fotos em suas redes sociais, segundo ela para criticar a política de armas dos Estados Unidos e promover um debate sobre liberdade individual. Seu gesto gerou polêmica. Embora alguns tenham apoiado, muitos criticaram a jovem.
“Se Kaitlin fosse um homem negro, teria conseguido ir armada para a universidade e não ser ameaçada pela polícia?” Este foi um dos questionamentos feitos pelas pessoas que se chocaram com a atitude. Kaitlin disse que o gesto era um protesto contra uma lei que proíbe estudantes, professores e funcionários de portarem armas letais dentro do campus, mas que permite outras pessoas carregarem armamentos nas instituições de ensino, embora não dentro dos prédios.
Desde o massacre de Parkland, na Flórida, defensores das armas dizem que é preciso acabar com as zonas onde não é permitido carregá-las e permitir cidadãos treinados a portar armamentos. “Como mulher, me recurso a ser vítima e a Segunda Emenda me garante isso”, disse ela em referência à Constituição americana, que protege o direito dos americanos de possuírem armas. Kaitlin afirmou também que escolheu o modelo AR-10, versão sofisticada do AR-15, pois a arma combinava com seu vestido branco e seu salto.