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ONU critica uso indiscriminado da força por Israel

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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou nesta terça-feira que parece que qualquer palestino que se manifesta em Gaza corre o risco de ser morto a tiros pelas forças israelenses, independente se representa ou não uma ameaça iminente.

"Parece que qualquer um pode ser morto a tiros", afirmou em Genebra o porta-voz do Alto Comissariado, Rupert Colville, antes de destacar que o direito internacional prevê claramente que "a força letal só pode ser usada como medida de último, não de primeiro, recurso".

"Não é aceitável dizer que 'se trata do Hamas e portanto está correto", completou, ao rebater a justificativa apresentada por Israel, que acusou o Hamas, movimento islamita que controla Gaza, de ser o idealizador da manifestação e que, portanto, apenas defendeu seu território.

Entre as quase 60 pessoas mortas na segunda-feira, principalmente por atiradores de elite israelenses, estava um biamputado, recordou.

"Que ameaça pode representar um homem biamputado do outro lado de uma cerca ampla e fortificada?", questionou.

Os tiros também deixaram 2.400 feridos, no dia mais violento do conflito israelense-palestino desde a guerra de 2014.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, declarou que "aqueles responsáveis por violações flagrantes dos direitos humanos deverão prestar contas".

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