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Trump defende sua indicada para CIA, acusada de participar de tortura

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira (7) sua polêmica escolhida para dirigir a CIA, Gina Haspel, depois de informes de que ela poderia retirar sua indicação para evitar uma sabatina do Senado sobre sua participação em torturas.

Com uma longa carreira no serviço clandestino da Agência Central de Inteligência (CIA), onde atualmente é subdiretora, Gina dirigiu a célula de interrogatórios da agência na Tailândia, depois dos ataques do 11 de Setembro.

Nesta quarta-feira, ela pode enfrentar uma dura audiência de confirmação no Senado, depois que vários congressistas - incluindo o senador republicano John McCain, que foi torturado como prisioneiro de guerra no Vietnã - manifestaram reservas sobre sua participação na tortura de detidos.

"Minha muito respeitada indicada para ser diretora da CIA, Gina Haspel, foi criticada porque foi muito dura com os terroristas", tuitou Trump, nesta segunda de manhã.

"Pensem nisso, nesses tempos tão perigosos, temos a pessoa mais qualificada, uma mulher, que os democratas querem FORA porque é muito dura com o terror. Vença, Gina!", acrescentou.

Citando funcionários de alto escalão, o jornal "The Washington Post" publicou no domingo que a própria Haspel disse que retiraria sua indicação diante da perspectiva de uma dura audiência no Senado. A sabatina poderia prejudicar sua reputação e a da agência.

Segundo o jornal, Trump decidiu pressioná-la para que mantenha sua indicação.

Haspel, de 61 anos, é amplamente respeitada na comunidade de Inteligência como uma agente de campo disciplinada que assumiu posições difíceis e trabalhos desagradáveis. Depois de se tornar subdiretora da CIA há um ano, Trump a indicou para o posto mais importante da agência, no lugar de Mike Pompeo, recentemente confirmado como secretário de Estado.

Segundo vários informes, os suspeitos da rede Al-Qaeda Abu Zubaydah e Abd al-Rahim al-Nashiri foram brutalmente interrogados, agredidos contra a parede e submetidos a vários "submarinos" em 2002, na Tailândia. Gina teria participado da destruição de fitas de vídeo da CIA que registram os interrogatórios.

mdo/jm/gv/lda/tt