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Com Macron, Trump chama acordo nuclear com Irã de 'desastre'

Líder da França é um dos defensores do pacto entre os países

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta terça-feira (24) seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e criticou o acordo nuclear com o Irã, defendido pelo líder do país europeu.

"Todos conhecem minha postura", disse o magnata, ressaltando que "é um desastre, um acordo terrível, que nunca deveria ter sido feito".

Macron, por sua vez, insistiu que o pacto com o Irã é "importante" e precisa ser visto como um "tema importante no âmbito de uma questão mais ampla que é a estabilidade na região". Este é um dos principais temas espinhosos que devem ser debatidos durante a visita de três dias do presidente da França ao território norte-americano. Além do acordo com o Irã, assuntos como a situação na Síria, a relação comercial entre a União Europeia (UE) e os EUA devem estar na pauta.

O líder francês é o primeiro presidente homenageado com uma visita e jantar de Estado desde que o magnata tomou posse em janeiro de 2017. O encontro ocorreu ontem em Mount Vernon, residência de George Washington, primeiro mandatário dos EUA e comandante da Guerra de Independência, em Virgínia. Antes de chegar na Casa Branca, Macron fez um passeio improvisado até o Lincoln Memorial com Brigitte. Logo depois, junto com Trump, os dois presidentes plantaram uma árvores de carvalho no jardim da residência oficial do magnata, como símbolo de proximidade entre as nações.

Ataques na Síria

O republicano aproveitou a conversa desta terça-feira no Salão Oval para agradecer Macron pelos seus esforços e "firme colaboração" nos bombardeios na Síria em retaliação ao suposto ataque químico em Duma, na região da Ghouta Oriental, que deixou entre 70 e 100 mortos, no último dia 13 de abril. A ofensiva aconteceu em conjunta com a França e o Reino Unido.

Para Trump, este é o momento das nações "serem fortes e unidas".

"Presidente Macron, povo da França, dos EUA, agora é o momento de ter força. Portanto, sejamos fortes, estejamos unidos", afirmou o magnata após receber formalmente na Casa Branca, junto à primeira-dama, Melania, o presidente da França e sua esposa, Brigitte.