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Presidente da ONG britânica Save The Children pede demissão

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O presidente da ONG britânica Save The Children, Alan Parker, anunciou nesta quinta-feira (19) sua demissão, invocando uma "necessidade de mudança" para a organização, dois meses depois de um escândalo de comportamento sexuais inapropriados que sacudiu o setor humanitário.

O escândalo, que explodiu após revelações contra a ONG Oxfam, salpicou também a organização Save The Children: dois ex-membros, Brendan Cox e o ex-diretor-geral Justin Forsyth, foram acusados de comportamentos inapropriados com colegas mulheres.

"Dada a combinação complexa de desafios que nossa organização e setor enfrentam, acho que é necessária uma mudança", afirmou Alan Parker em sua carta de demissão, publicada pela ONG.

Parker, que passou dez anos na organização, concluiria seu mandato em dezembro. Ele elogiou o trabalho efetuado pela ONG que, durante este período, "ajudou mais crianças que em nenhum outro momento de sua história", disse.

Também mencionou os "comportamentos inaceitáveis" dentro do braço britânico da ONG, citando os casos de Brendan Cox e Justin Forsyth, "agora submetidos a um exame profundo" pela Comissão de caridade, a instituição britânica que controla as organizações humanitárias.

"Trata-se de uma pesquisa importante e trabalharei com eles [os membros da comissão] para ajudá-los em todo o possível", destacou. "Há uma necessidade urgente de restabelecer a confiança" no setor, admitiu.

Em 22 de fevereiro, Justin Forsyth demitiu-se do cargo de número dois do Unicef após acusações de comportamento inapropriado, feitas por três funcionárias da Save The Children, onde trabalhou até 2016.

Por outro lado, a Save The Children foi criticada por ter deixado partir Brendan Cox, acusado de comportamento sexual inapropriado, sem ter-lhe imposto nenhuma sanção.

apz/thm/jvb/mvv/ll