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Califórnia enviará finalmente tropas à fronteira com México

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A Califórnia anunciou nesta quarta-feira que enviará à fronteira com o México as tropas da Guarda Nacional solicitadas pelo presidente Donald Trump, após várias negativas ao governo federal.

O governador Jerry Brown, um declarado adversário de Trump em temas migratórios, comunicou a mobilização de "até 400 homens da Guarda Nacional (...) dentro do estado, ao longo da costa e na fronteira entre Estados Unidos e México".

Brown não precisou o número de militares que serão enviados exatamente à fronteira.

Em seu comunicado, Brown destaca que a missão dos guardas da Califórnia será a de combater quadrilhas e o tráfico de armas, drogas e pessoas; e não a de executar a lei migratória ou a construção do muro prometido por Trump.

A Califórnia se proclamou em outubro passado como estado "santuário", no qual a polícia local não colabora com as autoridades federais na prisão de imigrantes ilegais.

Há uma semana, Brown anunciou a mobilização de mais 400 homens da Guarda Nacional para atender ao pedido federal, que se uniriam aos 250 guardas já em missão no Estado, incluindo 50 na fronteira, mas na segunda-feira recuou.

Segundo o porta-voz da Califórnia Evan Westrup, a última decisão de Brown se deve ao fato de o governo federal ter concordado em pagar as despesas com a tropa e os custos da operação.

"Queremos ser cooperativos e acredito que chegamos a um acordo", declarou Brown em entrevista coletiva.

A Guarda Nacional, corporação de reserva do Exército, já interveio na fronteira em 2010 por ordem do então presidente Barack Obama, e em 2006-2008, na gestão de George W. Bush. Em cada uma destas operações, a missão durou um ano.

Trump anunciou recentemente o deslocamento de 2.000 a 4.000 homens na fronteira, e disse que poderá mantê-los nesta região até a construção do muro.